Mais um ou dois degraus (por Gustavo Reguffe)

Foi um sábado de clima ameno, quase frio, de despedida do inverno, mas o calor humano imperava na concentração que aguardava os ônibus da caravana Tricolor em Toda Terra, rumo ao Raulino de Oliveira para o jogo com o Náutico. O esquema é sempre bem tranquilo, muito organizado e o clima é de descontração e camaradagem. Recomendo fortemente aos amigos tricolores, que ainda não conhecem, a incursão numa próxima viagem.

Chegando ao estádio, além da companhia dos que foram no mesmo ônibus que eu, tive o prazer de rever os velhos amigos – e hoje colegas colunistas – Paulo-Roberto Andel e Marcus Vinicius Caldeira, com quem, juntamente com o mais novo parceiro Leo Prazeres, pude colocar parte do papo em dia e, obviamente, trocar impressões sobre o time e o jogo que estava para começar.

Jogo esse que, aliás, não fugiu muito do cenário que temos visto nas últimas rodadas. Time rendendo pouco para o potencial de seu elenco, complicando jogos teoricamente fáceis e escorando-se em atuações individuais de dois ou três jogadores. E isso tem sido fundamental: se num jogo destacam-se Carlinhos e Wellington Nem, por exemplo, em outro a redenção pode vir pelos pés de Fred e Jean. A exceção, jogador que tem tido regularidade acima da média, é Diego Cavalieri, bem em quase todas as partidas.

Apesar do sufoco no fim, dever cumprido. Jogamos abaixo da crítica, mas acho que nem vale a pena uma análise muito profunda do jogo em si, mesmo porque o time estava bastante modificado e ainda se ressente do entrosamento de jogadores fundamentais como Deco e Fred, sem falar na eterna esperança de ver Tiago Neves reencontrar-se com seu futebol. Promissora mesmo foi a volta de Marcos Júnior; o garoto tem personalidade e pode ter grande utilidade nesta reta final.

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Agora há pouco, no Engenhão, o Atlético-MG perdeu para o Flamengo aquele famigerado jogo adiado. Ou seja, com o mesmo número de jogos, estamos quatro pontos à frente do vice-líder. Somando-se a isso a volta de nossos principais jogadores, ficamos em posição razoavelmente confortável, faltando quase metade do turno para o término do campeonato.

Diante desse quadro, uma vitória no clássico do próximo domingo torna-se mais importante do que nunca. Em seguida teremos outro clássico regional e, daqui pra frente, qualquer vacilo pode nos custar caro. Não é hora de sentar na vantagem, botar salto alto ou ficar na retranca para segurar resultado. É preciso concentração, seriedade, dedicação e coragem.

Gustavo Reguffe

Panorama Tricolor/ FluNews

@PanoramaTri

Imagem: radardobrasil.com.br

Contato: Vitor Franklin

4 Comments

  1. Acho que o Flu não mudará mais, estabeleceu este padrão de jogo, que é chato e arriscado, mas que tem dado certo. Não adianta pensar que aprendemos a lição do jogo contra o Atlético GO, nada disso, o time voltou a jogar mal contra o Náutico. E será assim até o fim do campeonato. Quem não tiver nervos de aço e coração forte que se cuide.

    1. Verdade, Jorge. Jogamos um pouco melhor no último domingo mas continuamos no padrão, como você bem definiu, “chato e arriscado”. Haja coração!

      Abraço

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