Madureira 0 x 1 Fluminense (por Edgard FC)

Mesmo fora da casa, o jogo desta tarde de sábado aconteceu no Maracanã, onde o Fluminense é sublocatário em um contrato de repasse precário à dupla que protagoniza, há mais de um século, o maior, mais completo e complexo clássico brasileiro.

Com a mesma intensidade de foliões que desfilam no sábado das campeãs, lá foi à campo a esquadra de Fernando Diniz, sem ele à beira do relvado, pois recebeu cartão vermelho na partida anterior, diante do Vasco da Gama, equipe que busca holofotes forçando rivalidade contra adversários bem mais eretos que ele.

Nenhum destaque positivo nesta primeira etapa, a não ser um chute de Lima, já nos acréscimos. No lance, a bola chutada tocou aquela outra que o goleiro deixa no ladinho da rede para reposições.

Por falar em bolas, soubemos de uma notícia estarrecedora: enquanto os grandes recebem uma resma das gorduchinhas oficiais por partida neste certame, as equipes pequenas têm acesso à apenas um molho delas para fazer durar a competição inteira. Percebendo isso, Marcão pediu para que no segundo tempo, as bolas do Tricolor sejam usadas em vez das que a equipe do subúrbio disponibilizou, pois pareciam gastas.

A escalação mandada para o campo de jogo, ajuda a explicar o não-jogo praticado pelo Fluminense. A sensação percebida é a de que nem os atletas entenderam o que a comissão técnica, cantada em verso e prosa como a melhor de todos os tempos, engendrou para eles, com a forma a que foram esparramados pelo chão.

Na volta do intervalo, algumas mexidas, as bolas e Arias entraram em campo, com a esperança de ter alguém lúcido em campo para melhorar as jogadas.

Não foi suficiente, até que o treinador do Flu mexeu mais uma vez, ou melhor, duas: André e Ganso entraram nas vagas de Felipe Andrade e Terans. Deu certo: cerca de dois minutos depois, o Fluminense achou seu primeiro gol, de Arias para Diogo, de Diogo pelo alto para Lelê marcar seu quinto nesta competição.

As entradas dos titulares ajudaram a melhorar a qualidade da criação, mas não foram efetivas para ampliar o marcador. Pelo contrário, se o Madureira tivesse uns dois jogadores mais eficientes, teria empatado ou até mesmo virado o marcador.

Óbvio que é só o Carioqueta, em que retomamos a liderança provisória até que a rodada termine e saibamos o que mudará. De um lado, se o Flamengo não vencer o Boavista, mantemos a liderança, mas caso o Flamengo vença, garantimos nossa classificação às semifinais de forma antecipada.

Marquinhos, certa feita apelidado de Relâmpago Marquinhos pelo São Paulo, estreou hoje, mas nada de mais conseguiu fazer, enquanto Isaac que nem relacionado estava, entrou de forma derradeira na equipe.

Quinta-feira enfrentaremos a Liga de Quito lá em sua altitude. Para muitos, incluindo os jogadores do elenco, entregues por André após o clássico com o Vasco, é o único confronto que importa neste início de temporada.

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MADUREIRA 0 x 1 FLUMINENSE
Campeonato Carioca (Taça Guanabara) – 9ª Rodada
Sábado, 17/02/2024 – 16:00 (Brasília)
Maracanã – Rio de Janeiro-RJ

Renda: R$ 483.877,00
Público: 16.160 presentes

Arbitragem: Yuri Elino Ferreira da Cruz (Árbitro), Gustavo Mota Correia e Júlio César Souza Gaudêncio (Assistentes), Lucas Coelho Santos (Quarto Árbitro)

Cartões Amarelos: John Kenedy 36’ (FLUMINENSE)

Gols: Lelê 61’ (FLUMINENSE)

MADUREIRA: Mota©; Dadinha, Reydson, Arthur Edeson e Ewandro; Wagninho, Arthur Santos (Juninho 80’) e Pablo Pardal (Fábio Mattos 87’); Arthur Martins (Vinicius Bala 80’), Robert (Gustavo 67’) e Patryck Ferreira (Hugo Borges 67’). Téc.: Daniel Neri. 4-3-3

FLUMINENSE: Felipe Alves; Felipe Andrade (André 59’), Antônio Carlos e Diogo Barbosa; Gabriel Pires (Jhon Arias 46’), Alexsander, David Terans (Ganso 59’), Lima e Douglas Costa (Marquinhos 77’); John Kenedy© (Isaac 82’) e Lelê. Téc.: Eduardo Barros. 3-5-2