Essa tal de LDU… (por Ise Cavalieri)

O pensamento não muda.

Às vezes é preciso não falar 24 horas em Fluminense, ou pelo menos tentar. Se bem que pelo visto, ele faz questão de mostrar que está ali a todo o momento.

Mais um dia normal de trabalho por aqui, quase final de expediente e nada de novo… Até precisar marcar um paciente para o mês seguinte e o mesmo ter apenas uma preocupação: não ser no dia do jogo do Fluminense contra a LDU, mais precisamente daqui a pouco menos de um mês, dia 14 de setembro.

Eu tentando não pensar nesse jogo e de repente acho um dos meus.

Estamos no mês que parece ter uns 365 dias, teremos alguns jogos antes, mas a cabeça já está focada lá em setembro. Já está rolando aquela bagunça entre ansiedade, “temor” e desejo do troco, que está engasgado há tanto tempo.

Com tudo que passamos, seria quase obrigação desse elenco levantar a taça em agradecimento ao Abel, por não ter nos abandonado nem na hora mais difícil da vida dele e por nós, torcedores. Mesmo a torcida, esse ano, tenha feito um papel falho em questão de público. Mas estamos lá, os mesmos de sempre, empurrando como nunca.

O time deles não é mais o mesmo, aliás, nem o nosso. Instável, que transforma até jogo o mais fácil, numa batalha (aliás, isso me lembrou um ex-goleiro que fazia uma simples defesa parecer algo dificílimo) e ainda dá mole no final.

De um lado, esse mesmo time instável e com desfalques (por lesão ou por venda), mais o futebol do Scarpa que parece ter ficado do DM. De outro lado, a volta de Sornoza, as contratações de Robinho e Richard, que sempre viram a esperança de vingar;

O que esperar dessa partida pela Sul-Americana 2017?

No mínimo, sabemos que será necessário separar a caixinha de remédios, a carteirinha do plano de saúde/SUS e, possivelmente, já deixar o desfibrilador calibrado. Depois de tantos anos, o torcedor do Fluminense já fortificou o coração, mas não custa deixar o kit-infarto a postos.

Pode ser 50 a 0, que continuo com a mesma opinião de não ser revanche; afinal placar nenhum vai cobrir a destruição de um sonho nosso. Mas como clubista (clubista sim, não nego e defendo quando puder), esses 50 a 0 me fariam MUITO feliz. E como…

Também não escondo o fiozinho de preocupação. Mas já que não tem jeito, vai você mesmo, LDU.

É passar garantir o resultado aqui e não dar mole lá.

Esquecer o passado não é possível, afinal também faz parte da nossa história, mas chegou a vez de passar por cima e virar de vez a página presa em 2008/ 2009.

Para que a luta pelos novos sonhos continuem e os mesmo se concretizem, é preciso superar os fantasmas – e essa hora parece ser agora. Melhor dizendo, daqui a pouco. Até lá, vamos lutando, tentando, acertando. Aí está o Brasileiro no caminho.

Panorama Tricolor

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Imagem: ise