LDU 2 x 1 Fluminense (por Paulo-Roberto Andel)

Quando Hernán Barcos tentou um paranauê e caiu estatelado no gramado, encerrando o primeiro tempo, não houve um único tricolor em todo o Sistema Solar que não tenha dado um sinal de alívio. Que agonia! Contrariando todas as instruções do desesperado Abel à beira do campo, o Flu errava passes, perdia a bola facilmente e a defesa era uma água, deixando todas as finalizações possíveis, sempre correndo atrás da bola veloz da altitude – Leo, uma desgraça na marcação. Incapaz de trocar três passes ou de não rifar todos os rebotes. Por sorte, a LDU é um time fraco, fraco mesmo e por isso não logrou êxito no marcador. No ataque, acertamos uma bola na trave com Peu, desperdiçamos duas faltas perigosíssimas em cima da linha da grande área – uma delas com bola rolada, Senhor! – e, se houvesse um mínimo de qualidade nossa, teríamos aproveitado chances de infiltração. Leo muito mal, o miolo claudicante e Wellington Silva parece estar com o exame médico na França dentro da cabeça. Nulo. Resumindo o primeiro tempo em três letras: ufa!

Na volta, Pedro no lugar de Peu, talvez para o tradicional chuveirinho, mas o problema seria ter qualidade. A pressão dos mandantes foi retomada e nada mudou. No único lance certo de Wellington Silva até então, um passe na medida para Scarpa, que sofreu um pênalti naturalmente não marcado.

A seguir, a LDU fez seu gol com Barcos. Já com estrago feito, Abel trocou Douglas por Marlon Freitas. Inútil: Seballos fez o segundo gol, no estilo pelada na marca do pênalti. Para qualquer racional, a vaca já teria ido para o brejo com literalmente dois jogadores a menos em campo (Wellington e Leo). Mas estamos falando de Fluminense, ok.

A última cartada na frente foi com Robinho, para tentar o gol salvador, mas difícil diante de tamanho desmantelamento tático e técnico, a ponto do fraquíssimo Toni Garrido ter defendido seu primeiro chute forte aos 38 minutos do segundo tempo. Quando tudo parecia perdido, aí o Fluminense foi para cima, no abafa, no bumba meu boi, mas com uma camisa de 115 anos surgiu a força de onde ninguém pode imaginar. Num escanteio, Pedro chutou e fez o gol salvador da classificação quase inacreditável. O final foi um abafa louco, sob uma pressão insuportável – e desnecessária, caso o placar do primeiro jogo tivesse sido mais elástico -, mas a classificação acabou se confirmando, para desespero da LDU e de um velho freguês carioca em finais.

A vaga deve ser comemorada a plenos pulmões desde já – PORRA! -, mas a atuação do Flu foi abaixo da crítica – mesmo descontada a altitude – e exige muito trabalho, pois o tempo não espera e já tem Palmeiras no Maracanã em outra decisão no domingo – precisamos melhorar muito no Brasileiro. Meu querido Abelão, vamos arrumar esta casa, porque luta o time tem e já fizemos grandes jogos neste 2017.

Os bares cheios de secadores estão em silêncio, assim como algumas redações e estúdios. Um velho fantasma encerrou sua trajetória para sempre. Para sempre.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

Imagem: cezar guedes

9 Comments

  1. Se não for difícil, não é o Fluminense. Chega disso! Quero ganhar fácil!

  2. Fluminense tem ido mal, mas mostrou uma garra sensacional. Que venha a mulambada!

  3. NENNNNNNNNNNSEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE
    NENNNNNNNNNNNNSEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE

  4. Alma lavada.
    Agora é o ai Jesus!
    O caminho é longo, havemos de ter paciencia.
    Quanto ao Léo, na sua idade suportar todo o mal que lhe desferem não deve ser facil.
    O Léo é um guerreiro é sera um grande jogador.
    W. Silva, creio que o Abel sabe o que faz.
    Ontem dos 14 que entraram em campo, 10 foram feitos em casa.
    No Brasil ninguem tem este merito, somente nos.
    Poderiamos ter ganho o carioca, porem jamais saberemos…fomos roubados!
    ST

  5. Acho muito difícil passar pelo Flamengo desse jeito. Precisamos melhorar muito. Ontem fiquei desesperado.

  6. Eu achei que fosse impossivel jogando tão mal, mas o Fluminense passa por cima de tudo. De alma lavada no fim do jogo

  7. Hola tricolores,

    Fiz uma grande ginástica e corri alguns riscos no âmbito profissional para acompanhar o jogo. Isso porque não tinha jeito de “descolar” a memória de 2008 e 2009. Desta feita perdemos mais levamos, ainda que numa fase que não era a final. Agora é comemorar e trabalhar duro para que o “normal” aconteça na próxima etapa.
    ST

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