Jogo de um time só (por Marcelo Vivone)

O jogo da última quarta-feira foi jogado por apenas um dos times, o Fluminense. O time do Corinthians praticou um futebol estritamente de resultado, até com certo nível de mediocridade. Sendo eu um dos críticos do futebol por vezes jogado pelo time do Abel, o que falar do que fez o time paulista?Vimos durante os 90 minutos um time interessado em atacar, mesmo que com pouca mobilidade e dificuldade no arremate final, e outro nitidamente interessado em não levar um gol e esperar um erro do adversário.

Para nossa infelicidade, exatamente o que o Corinthians esperava aconteceu: um erro grotesco do bom Wagner, que, além do erro, viveu noite de pouca efetividade. O time paulista aproveitou-se dessa única oportunidade para marcar o seu gol e ainda contou com a sorte do desvio da bola no Gum, o que acabou tirando o Cavalieri da jogada.

Li ontem muitas reclamações de Fred e Abel em relação à postura do Corinthians. Indo além do que foi dito, para mim a postura não foi digna de um time que é o atual campeão da Libertadores. Como não acompanhei os jogos do time paulista não sei se foi esse o futebol apresentado no torneio sul-americano.

Outra reclamação que creio ser procedente é com relação ao juiz. Logo na apresentação dos árbitros (ao invés de 3 agora são 5 bananas a onerar o borderô da partida) soou-me de forma negativa o anúncio de que o intolerável Sandro Meira Ricci era o escalado. Aliás, todas as vezes em que o Flu joga com esse árbitro e com o Paulo César de Oliveira os meus presságios são sempre os piores.

Não que o juiz tenha influenciado em lances fundamentais da partida. Mas a sua arbitragem foi do tipo que favoreceu aos propósitos do Corinthians. Segurando o jogo, sendo condizente com as inúmeras faltas cometidas pelo adversário e, por fim, irritando e muito nossos jogadores. Ao fim, por incrível que pareça, os jogadores do Flu foram mais advertidos com cartões do que o adversário.

O assunto cartões é um que tem me preocupado bastante. É sabidamente difícil aturar um juiz como o do último jogo sem reclamar ou revoltar-se. Mas os jogadores precisam conscientizar-se sobre a importância de ter equilíbrio psicológico, são todos profissionais e precisam portar-se como tal. Seja qual for a profissão em que se atue é impossível dizer e fazer tudo o que pensa e no futebol não é diferente.

Por conta de reclamação, perdemos Thiago Neves e Gum para o próximo jogo e Fred já está novamente pendurado. Sem contar Samuel que não estava no banco por ter tomado 2 cartões nos últimos 2 jogos, sendo um por tirar a camisa na hora da comemoração e o outro por ter dado um bico na bola em um impedimento mal marcado pelo bandeira. É preciso que a comissão técnica trabalhe a cabeça dos jogadores.

Como no ano passado, quando fomos derrotados por Atlético e América/MG em casa, nós perdemos a chance de assumir a liderança (mesmo que somente nos pontos ganhos) do campeonato. Não podemos repetir os erros do último ano e temos que aproveitar as chances que aparecerem de assumirmos a liderança do campeonato.

Mas nada está perdido, muito ao contrário. O time de Minas parece dar sinais de que está perdendo o fôlego. Eu não contava com o tropeço do Atlético na rodada do meio de semana e projetava somente a possibilidade de liderança para o final da rodada desse fim de semana. Continuo tendo a impressão de que ela realmente virá no domingo. É esperar para ver.

Marcelo Vivone

Panorama Tricolor/ FluNews

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Contato: Vitor Franklin