Falar da qualidade técnica de Ganso é chover no molhado. Um dos jogadores mais técnicos que o futebol brasileiro revelou nos últimos anos. E se não der zebra, mesmo que esteja longe de seu apogeu, será utilíssimo ao Fluminense nesta que deverá ser a sua única temporada no clube.

Talento não lhe falta.

O Ganso dos primeiros cinco anos de carreira era monstruoso. O seguinte, cercado por contusões e incertezas, ficou devendo o que dele se esperava. Vive um momento de ocaso.

Porém, sem querer fazer comparações com heróis tricolores, não custa lembrar que o Flu é craque na tarefa de reabilitar carreiras perdidas ou em dúvida. Todo mundo sabe da desconfiança que cercou a chegada de Assis ao Flu em 1983. Doze anos depois, a contratação de Renato Gaúcho parecia uma anedota. Deu no que deu.

Ok, furou (infelizmente) com Ronaldinho Gaúcho, mas o pacote de pavonices era hardcore demais.

Jogando bem, em forma, Ganso dá enorme qualidade à criação de jogadas pelo meio, item que o Flu carece há anos. Velocidade não é seu forte, mas sim o cérebro – deixa o González e o resto da turma voar baixo. Alto, é uma franca ameaça em cabeçadas.

Os jogadores mais jovens ganham moral. O time num todo. E o próprio Ganso, perto dos 30 anos de idade, tem a chance de escrever um novo capítulo de sua história como jogador, melhor do que o das últimas temporadas, todos esperamos.

Se é para se fazer apostas, tendo em vista o risco natural, que seja numa fera e não num pereba. Finalmente uma notícia animadora para o campo e as arquibancadas. Excelente contratação. Quanto a reforço, o tempo dirá.

No mais, que o torcedor não a leve em conta para se salvar do chorume eleitoral das Laranjeiras.

Panorama Tricolor

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