Fluminense no G4 (por Mauro Jácome)

O G4 existe, é real. O Fluminense ensaiou, fez que ia, vacilou, finalmente, chegou. Natural, afinal, o futebol brasileiro está fragilizado, imprevisível. E o Fluminense não é diferente.

Podemos creditar a irregularidade não só aos problemas que 2020 está trazendo para todos, mas também ao nosso técnico. Natural também. O nível dos técnicos brasileiros não é dos melhores.

O perde-ganha está abraçado a todos os participantes deste Brasileirão. Com os que postulam o título, com os que pensam numa Libertadores, Sul-Americana. Todo mundo está nessa gangorra.

Se o Muriel falha, Marcos Felipe mostra segurança e, se Odair for justo, será o titular doravante. Se poucos, ou ninguém, acreditavam em Luccas Claro, o zagueiro hoje é uma unanimidade. Se Dodi faria falta, Martinelli chegou e colocou uma pedra num assunto que rolou semanas. Até Marcos Paulo voltou a jogar bem.

Altos e baixos marcam e vão continuar marcando esse grupo do Odair. Inclusive ele. Ninguém pode se iludir. Mas é geral. Nenhuma outra torcida deve se iludir. São Paulo, Galo, Flamengo, Palmeiras, todos arrancam, patinam. E tem a COVID, que arremeteu.

Pessoalmente, não aposto no título, mas vejo a Libertadores muito clara. E não critico quem fica eufórico após uma vitória e passa a crer no topo da tabela. Uma coisa é certa: a torcida tricolor pode sonhar com algo que não sonhava em janeiro, abril, julho. Tudo é possível. Não só pelo que o Fluminense tem, mas pelo que os outros não têm. Estamos no bolo.

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