Fluminense 3 x 2 Criciúma (por Paulo-Roberto Andel)

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Eu não esperava esmero técnico e nem futebol brilhante. Minha principal expectativa era ver um time new blood, com garra, atitude, pegada, daqueles típicos do Abel desde que ele era um zagueiraço que, bem, não era de brincadeira. E fui feliz.

Descontando as bobeadas da defesa, especificamente do Renato Chaves – continuo apostando nele -, dois fatores me chamaram a atenção no estreante Fluminense 2017: a calma diante do revés com a vantagem inicial do Criciúma e a prioridade da juventude tricolor, especialmente no segundo tempo com Lucas Fernandes e Pedro. A vitória, se não quer dizer muito neste começo, pelo menos traz calma, confiança para o clássico de domingo contra o Vasco e, exoticamente falando, frustra os incautos do êxtase da derrota, esse estranho sentimento que prioriza as teses pessoais sobre o eventual sucesso do Flu.

Outro fator importante: ter virado em cima de um time que, não sendo brilhante, é veloz e agressivo, caso do Criciúma. Aliás, o futebol brasileiro de hoje não possui uma única equipe brilhante.

Ninguém tem dúvidas de que o time do Fluminense vai precisar de reforços para o decorrer da temporada, mas uma coisa é certa: quem apostou no caos tricolor terminou a noite de ontem sob forte desapontamento.

Que sentimento bom foi estar em frente à TV e lamentar não poder ter ido a Juiz de Fora, coisa que eu não vivenciava há muito tempo. Marina gritando GOL! com toda força.

Ainda é cedo demais, mas as esperanças surgem no horizonte. Esse Flu começou com a cara de 1980, lembrando inclusive uma dura vitória por 3 a 2 sobre o Serrano de Petrópolis.

Cedo, cedo, ainda é cedo para muita coisa, mas não para torcer e esperar por uma retomada perdida desde 2012, mesmo com nomes desconhecidos – fato recorrente na história tricolor.

Boas as movimentações de Orejuela e Sornoza. O futuro aí está.

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Depois daquela bola que bateu no calcanhar do Renato e mansamente triscou a trave esquerda, estava claro que o Fluminense não perderia ontem. Sem sorte, até um humilde pum pode se transformar numa tragédia.

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Antes do jogo, estive presente numa reunião com as presenças de Diogo Bueno, Cacá Cardoso e Sandor Hagen. O Fluminense está trabalhando e muito para resolver seus inúmeros problemas, tenham certeza disso. O resto é pantomina de marionete.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

Imagem: rap

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