Fluminense 2 x 1 Vasco (por Marcelo Savioli)

Amigos, amigas, o Fluminense finalmente conquistou sua primeira vitória no Campeonato Brasileiro. Uma vitória justa, que poderia ter sido mais folgada diante das circunstâncias do jogo.

Só que do outro lado estava o Vasco. Mesmo com um time limitado tecnicamente, nunca é possível subestimá-los em um clássico regional. O fato, porém, é que já era passada a hora de os vencermos.

Com Manuel na zaga e Martinelli de volta ao meio de campo, formando a trinca no meio com André e Ganso, que é a nossa sustentação nos últimos quatro anos.

André errou muito, Ganso tentou desequilibrar e Martinelli deu a consistência que faltava ao nosso meio de campo.

Não foi uma grande exibição, mas foi a medida justa atuando no nosso modelo de jogo.

Poderíamos ter construído um placar mais elástico, mas isso parece não fazer, pelo menos ainda, parte da nossa agenda. O que não chega a ser ruim, pois mantém o sinal de alerta ligado.

Embora o Fluminense tenha tido o domínio da intermediária no primeiro tempo, as situações de perigo quase que se equivaleram. Mais posse de bola tricolor não se traduziu em mais oportunidades de gol.

Marcelo decidiu ser o homem do jogo. Se foi, eu não sei dizer, mas o cruzamento para Ganso marcar de cabeça foi coisa de quem sabe o que faz, como tudo que Marcelo fez na tarde de hoje. Isso é uma ótima notícia, se é que me entendem.

Martinelli fez o segundo gol logo no começo da segunda etapa, depois de ter tomado uma decisão errada, mas se posicionado na segunda trave para vencer o goleiro e marcar.

Era o caminho para uma goleada, com o Vasco finalmente se abrindo, mas tomamos o gol logo em seguida. A partir de então, vivemos um leve sufoco, movido a bolas levantadas para a nossa área.

Como é Fluminense e Vasco, nada nunca está resolvido, apesar da falta de criatividade do setor ofensivo vascaíno.

Diniz demorou a mexer no time e quase vimos a vaca ir para o brejo, ainda que eles estivessem vulneráveis defensivamente.

Fato é, porém, que conseguimos a primeira vitória no Brasileiro, tirando o peso dos resultados ruins das rodadas anteriores, mas isso não é suficiente para tirar a nuvem de desconfiança da mente da nossa torcida.

O público deste sábado mostrou duas coisas. Estavam certos os que foram ao Maracanã, cerca de 20 mil tricolores. Estavam igualmente certos os que não foram, porque deram o claro recado de que não estão satisfeitos com a política atual para o futebol.

Pensar que o torcedor é bobo é subestimar a inteligência das pessoas.

Muito bom ver Manuel fazendo uma partida digna depois da má atuação contra o Bahia. Aliás, naquele jogo praticamente nada se salvou, pelo menos na segunda etapa.

Não precisamos ser sempre geniais ou disruptivos, embora não haja nada de errado nisso. Às vezes, porém, o óbvio também tem seu valor. Foi o que aconteceu no jogo de hoje, apesar de não termos tido uma grande atuação.

O Fluminense tem elenco para ganhar o Brasileiro. Tem técnico para isso, mas é preciso foco, lógica e bom senso. A política também precisa ajudar.

Aliás, ganhar o Brasileiro é uma necessidade tão premente quanto ganhar a Libertadores de novo e a Copa do Brasil. É disso que o Fluminense vive e é disso que precisamos para manter o atual ciclo virtuoso.

Que os próximos jogos restaurem o Fluminense capaz de encantar o público e atrair de volta as multidões. Temos condições para isso, Diniz sabe que temos. É só fazer.

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Por onde anda o nosso balanço anual? Queremos saber como o formidável ano de 2023 – e não há nenhuma ironia nisso – beneficiou nossas finanças.

Transparência é algo que deve ser valorizado pelo clube. Fosse assim, o balanço sairia sempre em janeiro.

Saudações Tricolores!