Fluminense 2 x 1 Atlético-PR (por Marcelo Vivone)

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Atuação ruim, três pontos na conta. Jogo fraco, emoção até (e principalmente) o fim.

O time esteve muito mal no 1º tempo. Foi uma das piores metades de jogo que vi do nosso time nos últimos tempos.

Conca foi nosso pequeno-monstro no meio de campo, o único jogador que produziu, e muito, na 1ª metade do jogo.

Chiquinho fez a pior partida que me lembro de um jogador com a camisa do Fluminense. Chegou a dar saudades até mesmo dos piores momentos de Calinhos.

Tivemos apenas uma chance real de gol, numa cabeçada de Fred para bela defesa do goleiro adversário. O Atlético teve duas oportunidades claras de gol, ambas defendidas por Cavalieri, que mais uma vez mostrou estar vivendo boa fase.

O placar sem gols acabou ficando de bom tamanho.

Veio o 2º tempo e Cristóvão fez o correto ao tirar Chiquinho. Quem estava no banco era Carlinhos, que foi para o jogo. Em seu 1º lance, o jogador acertou um belo cruzamento e Wagner marcou.

Com a vantagem no placar, nossos jogadores demonstraram tranquilidade, troca de passes e conduziram bem o jogo. Mas o time não conseguiu aproveitar o bom momento para matar o jogo.

O time adversário cresceu a partir dos 20 ou 25 minutos e teve 2 chances de gol desperdiçadas. A partida passou a ser jogada em nossa intermediária e tornou-se perigosa. Nesse momento, como em vários outros jogos, fez-nos falta, sobremaneira, o tal atacante de velocidade que tanto pedimos.

Essa situação preocupante não é novidade. Ficamos pressionados, com a bola perigosamente rondando nossa intermediária e sem ter um jogador capaz de puxar o contra-ataque para matar o jogo. Essa estratégia foi muito usada em 2012 com a dupla Deco e Wellington Nem.

Já nos acréscimos, Elivélton que, infelizmente, entrou no lugar de Marlon ainda no 1º tempo, fez mais uma de suas faltas infantis na lateral do campo. Veio a cobrança, o cruzamento para nossa área e o gol, numa falha de marcação de Bruno, que entrara no meio do 2º tempo no lugar do Valencia.
Silêncio sepulcral no Maracanã.

O juiz havia dado 5 minutos de acréscimos e faltavam 3 para o término do jogo.

Nova saída foi dada e a bola foi tocada para o lateral Bruno fazer uma improvável jogada e se redimir do lance anterior, driblando 2 jogadores desde o meio de campo e cruzando da linha de fundo. A bola achou Fred na marca do pênalti. O camisa 9 ajeitou a pelota e fuzilou para as redes.

Explosão no Maracanã. Pouco mais de 22 mil torcedores em êxtase. Jogadores pulando um em cima do outro de um lado, Bruno deitado no gramado aos prantos de outro, jogadores e comissão técnica invadindo o gramado aos pulos, copos voando para todos os lados. Lindo espetáculo.

Individualmente é importante destacar a importância de Wagner para o esquema de Cristóvão Nosso camisa 10 tem sido um monstro, além e também por marcar gols. É impressionante a participação defensiva desse jogador. Wagner tem sido um monstro. Não à toa tem saído exausto em todos os jogos. A torcida mostrou hoje que reconhece todo o esforço do jogador ao cantar em uníssono o seu nome.

Conca em 9 de 10 partidas tem que ser enaltecido. Como joga o pequeno argentino. No 1º tempo foi uma estrela solitária em campo.

Cavalieri vem crescendo de produção a cada jogo e já passa segurança para o time e para a torcida novamente. Edson é incansável na marcação. Ganha a maioria das disputas de bola e aparece em várias partes do gramado. Jogador também importante do nosso meio de campo.

Fred procurou se movimentar, buscou jogo, trocou passes. Mas essa formação de ataque com ele e outro jogador lento prejudica demais nosso time. No final, fez o que dele se espera: bola na rede, nos dando a vitória que parecia ter escapado. Já é o vice-artilheiro da competição.

A lamentar, a atuação bizarra de Chiquinho, a contusão de Marlon, a forçada volta de Elivélton e a atuação do juiz, que marcou tudo e mais um pouco em favor do adversário. Nosso setor defensivo, aliás, toda vez que começa a se acertar sofre a perda por contusão de um de seus componentes. Se Marlon ficar de fora temo muito a volta de Elivélton.

Emplacamos a 3ª vitória seguida, algo que não acontecia há tempos. Apesar de o time continuar tendo atuações irregulares, é inegável que chegamos à reta final da competição embalados e já estamos a 2 pontos do G4. O que há 3 rodadas atrás parecia impossível está cada vez mais próximo.

Analisando os próximos 6 adversários é possível sonhar com um percentual alto de aproveitamento de pontos. Mas ainda continuo com o pé atrás com nosso time e prefiro aguardar as cenas dos próximos capítulos.

Panorama Tricolor 

@Panoramatri  @Mvivone

Imagem: lancenet.com