Fluminense 1 x 0 Sport – Podemos ir a qualquer lugar que não teremos ido a lugar nenhum (por Marcelo Savioli)

Amigos, amigas, alguns dados arremessados ao vento formam um painel descritivo perfeito do que foi aquele Fluminense 1 x 0 Sport, um jogo para, definitivamente, apesar da vitória, ser esquecido.

Precisamos de 35 minutos para levarmos algum perigo ao gol do Sport. E o primeiro lance foi uma cobrança de falta de Danilo do meio da rua. Em outras duas ocasiões, já com o Sport atuando com menos um atleta, levamos perigo em bolas erguidas na área rubro-negra.

Em momento algum, em todo o primeiro tempo, nós construímos uma jogada ofensiva para incomodar a defesa adversária. Quanto à expulsão, alguma coisa não vai bem com o universo quando o Fluminense começa a ganhar jogo com ajuda da arbitragem. Eu não vi lance para expulsão, a comentarista de arbitragem não viu, mas Héber Roberto Lopes, que viu o mesmo lance, achou o contrário.

A primeira jogada trabalhada do Fluminense veio aos 3 minutos da segunda etapa, com boa metida de bola de Martinelli para Calegari, que avançou pelo corredor lateral e buscou a cabeça de Fred, que já tinha dado aquela famosa andada para trás. Só que a bola subiu muito e chegou na cabeça de Lucca, que buscou o canto direito do arqueiro pernambucano, que faria a defesa, mas foi traído pelo próprio companheiro, em quem a bola desviou antes de morrer praticamente no meio do gol, quase provocando uma lesão na lombar do goleirão enquanto tentava mudar de direção.

E foi só. Um jogo horroroso, em que o Sport foi superior, mereceu resultado melhor e ainda tem toda razão de reclamar da arbitragem. Vai sofrer bastante ainda na luta contra o rebaixamento.

O jogo de sábado só não foi decepcionante no resultado, de resto nada a aproveitar. E para mim é duplamente decepcionante, porque o meio de campo que foi escalado era o que eu imaginava como ideal para o momento.

É bem verdade que eu teria completado essa escalação de outra forma, com Miguel, Luis Henrique e Samuel. Ou mesmo Luis Henrique e Marcos Paulo. Acabou faltando aquele cara que faz o elo entre meio e ataque, o que deixou nosso time sem poder de construção por dentro, o que é sempre muito ruim.

Para piorar, na hora do aperto, para quem esperava ver John Kennedy em campo, nossos substitutos foram os eternos Caio Paulista e Felippe Cardozo.

As escolhas de Marcão, barrando Hudson, Yuri e Wellington nos cobriram de esperança de dias melhores, mas não basta só trocar as peças, é preciso criar um modelo de jogo, o que será muito difícil com a manutenção de Fred como titular absoluto. O time é muito previsível. Passa o tempo todo tentando encontrar uma bola parada para lançá-la na área.

Esperando pelo próximo jogo para ver se o time apresenta alguma evolução, mas sem muita esperança.

Libertadores? Pode ser G-8, não pode? Nós estamos em sétimo. Então pode ser. Só que sem qualidade você pode ir para onde quiser que não terá ido a lugar nenhum.