Fluminense 1 x 3 Nova Iguaçu (por Paulo-Roberto Andel)

I

Mais um capítulo da garotada tricolor (encorpada pelos decanos Cavalieri, Marquinho e Osvaldo) com nosso time alternativo, desta vez contra o Nova Iguaçu e seu estilo Holanda B, de azul. Um amigo escreveu no Whatsapp que eles não vestiram a camisa laranja para não fazerem piada com um ex-funcionário tricolor. O pessoal é maldoso.

Legal ver Edson Souza e Ricardo Cruz comandando o adversário. O meio-campista e o goleiro são peças marcantes dos maravilhosos anos 1980, quando o Flu mandou e desmandou no Rio e no Brasil.

Questão: como é que o campeonato pode ser valorizado se as principais equipes, cheias de compromissos, precisam escalar seus jogadores reservas? Cartas para esta redação.

Com quinze minutos de jogo, o Fluminense já tinha perdido gols, tomado um na bobeira de Reginaldo ao escorregar na quarta zaga, empatado com um belo gol de cabeça de Pedro e, logo em seguida, o jovem artilheiro quase virou o jogo. Quando a fase é boa até Osvaldo faz um jogadaço. A chuvinha não atrapalhava a disposição das equipes, num jogo com mais disposição do que propriamente técnica, bem movimentado.

Aos 28, por pouco Marcos Jr. não marcou de semi voleio, mas pegou mal na bola. E Osvaldo bateu aos 31 para a boa defesa do goleiro Jefferson, depois da bela briga do Resolve pela bola.

Lama na grama, briga, disputa. Quem não faz, leva. Nogueira bobeou, o veterano Adriano ganhou a disputa, entrou livre, bateu Cavalieri à la Fernando Henrique e… bloom: segundo gol do Nova Iguaçu. Osvaldo poderia ter empatado a seguir, depois de driblar dois marcadores, mas chutou fraco e Jefferson defendeu.

Embora atuando abaixo do padrão esperado mesmo com o time reserva, o Fluminense desceu derrotado para o intervalo somente por causa de vacilos individuais. Questão de arrumar a casa na hora do recreio.

II

Sustos e sustos no começo do segundo tempo. Calazans tocou a bola com o braço, o jogo seguiu. E Adriano acertou a trave esquerda de Cavalieri. Depois, um desarme fantástico de Orejuela na lateral esquerda, correndo feito louco e ganhando o lance limpo depois de estar muito atrás.

Com o time parado na pista de pouso, Abel resolveu trocar Osvaldo por Lucas Fernandes aos 15 minutos – e aquele fez uma última bela jogada, arrancando e driblando pela esquerda, até que Marquinho chutou, a bola mascada sobrou para Pedro mas acabou fora.

Substituição número dois: sai Resolve, entra Maranhão. Vinte e cinco minutos para se tentar a sorte. Abel apostando numa tentativa de arranque que faltou ao Flu até ali neste jogo. Desilusão no lance seguinte: cobrança de falta do Nova Iguaçu pela esquerda, Cavalieri entregou a paçoca ao espalmar, a bola bateu em seu pé, no joelho de Nogueira e… bloom: 3 a 1 para o Nova Iguaçu. Tem peixe na rede do Fluminense, choveu na horta da mariola. Voltamos piores para a segunda etapa.

Marquinho, mal, saiu para a entrada de Leo, com Calazans indo para o meio. Não constituiu sucesso.

Aos 35, Pedro perdeu outro gol, cabeceando livre para fora. Aos 41, um chute forte à direita do gol. Aos 48, ele de novo chutando perto da trave esquerda.

Numa partida movimentada mas sem grande velocidade, diante de um adversário esperto e bem arrumado, o time reserva do Flu não foi bem no saldo geral. Acontece e vai acontecer outras vezes. Temos um bom time, não temos dois. Ninguém tem.

Mas não levem a sério as hienas paranormais que saem de suas tocas em momentos como este. Simplesmente o Flu 2017 não é o maior time do mundo mas, bem trabalhado, tem fôlego para voos mais altos do que 2013-2016.

Antigamente, os garotos perdiam nas preliminares do Maracanã; agora, o teste é em pleno campeonato carioca num calendário louco. Perdeu quando podia. Na classificação geral, tem sete pontos na frente do quarto colocado.

Quinta já tem clássico. Hora de recuperação.

PS: a demissão de Caio Barbosa do ex-jornal O Dia é um reflexo do caos autoritário que tem dominado o Brasil. Uma atitude imunda que não passará em branco.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

Imagem: rap

2 Comments

  1. “Numa partida movimentada mas sem grande velocidade, diante de um adversário esperto e bem arrumado, o time reserva do Flu não foi bem no saldo geral. Acontece e vai acontecer outras vezes. Temos um bom time, não temos dois. Ninguém tem.”

  2. Desculpa, mas alguns jogadores que entraram em campo hoje não possuem nenhuma condição de vestir a camisa do Fluminense. O tal de Reginaldo já mostrou mais de uma vez que é horroroso, assim como L. Fernandes.

    Falar de Marquinho, Oswaldo e Maranhão é chover no molhado…

    Os outros garotos precisam melhorar muito.

    Hora de acordar.

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