Fluminense 1 x 0 Macaé (por Paulo-Roberto Andel)

Desconte-se as limitações técnicas – que levaram a erros de conclusão – e a campanha hesitante. Foi um primeiro tempo razoável do Fluminense diante do Macaé: teve boa velocidade – no calor -, criou jogadas, mostrou empenho e merecia pelo menos um gol antes do intervalo, diante de um time que mal atacou o Tricolor. Quase todas as chances foram perdidas por jogadores que não são finalizadores. Marcos Jr. e Richard desperdiçaram as melhores oportunidades. Várias vezes a bola cruzou a pequena área do adversário (procurando o inventário de Dourado), noutras Cetin trabalhou firme e, do outro lado, Júlio César só trabalhou numa única oportunidade.

Empate injusto. Marcos Jr. correu por cinco – e entrou na pancada -, Ayrton foi novamente bem pela esquerda e Ibanez na zaga. Jadson e Richard foram firmes e apoiaram. Sornoza continua abaixo do que pode produzir e Pedro recebe bem menos bolas em condições do que poderia. É muito chato cornetar jogadores, mas Gilberto já é inferior a Lucas, titular do ano passado. A zaga não comprometeu, até porque não correu nenhum risco.

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Segundo tempo. Em cinco minutos o Flu já tinha finalizado quatro vezes, todas mal. Pressionando. E o Macaé tentando diminuir os generosos espaços concedidos antes, com algum êxito.

Faltando meia hora para o fim, Abel apostou em Robinho, tirando Sornoza, única reserva técnica no meio mas ainda longe do ideal. Richard perdeu aos 18, numa bela subida com cabeçada imprecisa. O Flu continuou melhor, mas sem a velocidade inicial. Depois Matheus Alessandro substituiu Gilberto (ufa!). Antes de sair para a entrada de Dudu, o esgotadíssimo e esforçado idem MJ deu uma arrancada para um chute fraco. Aliás, falando em finalizações…

Quinze minutos de chuva, trombadas, passes errados, o gol do Boavista sobre a Portuguesa – que eliminava o Flu de vez, a atuação se desmilinguindo. Mas aí aos 43 Robinho passou para Pedro e este, caindo, municiou o garoto Dudu livre para marcar o gol da vitória, insuficiente para a classificação às semifinais da Taça GB, mas pelo menos honrando a presença da torcida em Los Latinos e vencendo a terceira partida seguida – o que não acontecia há muitos meses. O Flu pagou o preço do início tíbio em uma disputa de cinco jogos. Vida que segue. Contratações, venham pra ontem! (Não há como não pensar nisso o tempo inteiro)

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A gente olha o estádio vazio, lá no cafundó, com uma floresta atrás do gol – outro dia o garoto foi buscar a bola e quase voltou com uma jiboia -; escuta os quinhentos admiráveis maníacos gritando e a pergunta é inevitável: já que não há um tostão e a menor condição de realizar a sandice de um estádio na God’s City + arredores, por que diabos não retrofitar Laranjeiras a baixíssimo custo? Quinhentos torcedores, não quarenta mil.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

#JuntosPeloFlu

Imagem: rap

7 Comments

  1. Totalmente de acordo sobre o estádio, se a diretorias (atual e passadas) não tivessem estes sonhos megalomaniacos já teriamos as Laranjeiras arrumada mesmo que modestamente para 10-15mil e estariamos jogando lá. O jogo de hoje e o passado não teriam somente 500-600 almas em Laranjeiras, o apelo seria ao menos um pouco maior, com melhor divulgação pelo menos uns 5mil teriamos.

  2. Você viu outro jogo? Eu não vi uma jogada certa nos 900 minutos, não é possível vocês ficarem defendendo esse abad

  3. Andel, teve evolucao mas não da pra aliviar essa gestão, o time 3 muito fraco apenas luta

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