1º tempo

O jogo começou como todos os demais. Com o time adversário marcando sob pressão a nossa saída de bola e nosso time dando chutões infrutíferos para frente.

Seja jogando em casa ou fora, o Fluminense tem sofrido esse tipo de marcação nos primeiros 15 minutos de todas as partidas. Esse padrão é facilmente explicado pela grande deficiência técnica de Gum, LE e câncer. Qualquer técnico adversário sabe que é só apertar um pouco a nossa saída de bola que o time se perde.

Essa é uma boa explicação para o fato de o Fluminense ter jogado mal em todos os primeiros tempos da era Vanderlei. Depois, quando o adversário cansa, é que conseguimos realizar algumas jogadas no meio de campo.

No jogo de hoje, começamos a jogar um mínimo de futebol lá pelos 30 minutos. Até então foram somente chutes do goleiro ou dos zagueiros para o Fred se virar na frente.

Nos 15 minutos finais, conseguimos colocar um pouco a bola no chão e, apesar dos muitos erros de passe, começamos a ameaçar um pouco o adversário. Nossa principal jogada, como tem sido na maioria dos jogos, foi o apoio do agora ala Carlinhos. Um dos méritos que tem esse esquema com três (horrorosos) zagueiros montado pelo Vanderlei é liberar os alas para atacar, principalmente o Carlinhos, que foi novamente o melhor em campo.

Fred teve participação muito mais efetiva do que tem tido desde a volta da Copa das Confederações. Conseguiu fazer bem o papel de pivô e meteu uma bola na trave. Sofreu ainda pênalti não assinalado pelo juiz (nós não somos o Corinthians!).

Esses 15 minutos razoavelmente bem jogados por nós foi coroado com um gol de Samuel, em mais uma jogada do Carlinhos.

Quem está muito, mas muito mal, é o Jean. Impressionante como nosso melhor jogador de meio-campo não acerta uma jogada sequer. Esteve muito sobrecarregado nos últimos tempos por compor o meio de campo com câncer e Felipe (ou Deco), mas desde que Vanderlei mudou o esquema e colocou o garoto Willian na cabeça-de-área, essa alegação não mais é válida. Percebe-se que Jean atravessa má fase e vive momento de falta de confiança.

2º tempo

Praticamente não jogamos nessa etapa.

O jogo foi morno até que cometemos um pênalti defendido por Cavalieri. Nosso goleiro definitivamente voltou aos seus bons tempos. Fez ainda uma defesa salvadora já aos 45 minutos. Bem-vindo de volta, Cavalieri.

Fred caiu bastante de produção e o mesmo aconteceu com Carlinhos. Quem melhorou foi Jean que ainda ficou muito longe do esperado, mas pelo menos acertou algumas jogadas individuais de penetração na intermediária adversária.

O jogo seguiu equilibrado até os 25 minutos, quando o Goiás adquiriu o domínio do jogo, ganhando o meio de campo e imprensando o Fluminense em sua intermediária. O domínio territorial do adversário foi tão grande que, nos 20 ou 25 minutos finais, mal conseguimos passar do meio de campo com a bola dominada.

As entradas de Diguinho, Marco JR e Deco não foram boas. Marco JR, provavelmente pelo longo tempo parado, teve péssima participação. Deco errou passes e, por mais incrível que possa parecer, mancou na parte final do tempo em que esteve em campo. Será que machucou novamente? Se isso for verdade, creio que nosso maestro deveria decidir encerrar sua vitoriosa e brilhante carreira antes do fim do ano. Isso em respeito a ele mesmo e a tudo o que seu nome representou para o futebol mundial.

O placar final foi altamente favorável para nós pelo muito pouco que jogamos e por termos vencido sem levar gol em casa.

Nosso futebol continua de nível bastante ruim, mas pelo menos as vitórias voltaram a acontecer, o que é importante para devolver a confiança ao time. Não tem nada de coincidência voltarmos a ganhar no momento em que Cavalieri recupera a sua melhor forma. Já vimos esse filme no ano passado.

A crônica foi feita em duas partes: no intervalo e no final do jogo.

Panorama Tricolor

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Foto: www.lancenet.com.br

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