Fluminense 0 x 2 Flamengo (por Paulo-Roberto Andel)

PARTEUM

Começou o Fla x Flu na Arena Roniélton e nos primeiros quinze minutos só deu Flamengo, com Júlio César trabalhando, o Flu cedendo escanteios e tomando pressão. O ônibus 361 do Abel também ajudou nisso, até porque na verdade foi 360 – jogamos com dez em campo, sem retomar a bola, sem arrancar e criar.

Aí o Fluminense conseguiu encaixar um contragolpe, dois e o jogo poderia ter até equilibrar, mas justamente em seu momento mais calmo no primeiro tempo, veio o pênalti – que em Fla x Flu só poderia ser marcado na área tricolor, é claro – e gol dos caras. No entanto, não causou drama: mesmo com as limitações, o Flu adiantou um pouco o time, passou a rondar a área da Gávea e, já para o fim da etapa, conseguindo escanteios e sua melhor finalização, com Gilberto acertando o ângulo esquerdo com Diego Alves colocando para escanteio.

Renato Chaves desarmou vários lances. Marlon foi mal de novo, Sornoza esteve apagado – como não temos outro criador, complica. O pior do Flu e do jogo foi João Carlos que, além de errar tudo, foi estupidamente agredido por Rodinei. Eles foram bem melhores na média, nós corremos atrás principalmente depois do maldito gol sofrido.

PARTEDOIS

Abel voltou com Matheus Alessandro na esquerda e Pablo na direita, saindo Sornoza e Renato Chaves. Ok, vamos lá. O time até melhorou um pouco, ocupando mais a intermediária de ataque (mas sem grande criação), com o Flamengo nitidamente mais recuado, esperando dar um bote no contra-ataque. Pablo durou dez minutos: tomou uma cotovelada e deu lugar a Robinho. As três alterações viraram no máximo uma… Diego e JC trabalharam debaixo das traves.

Não adianta nada ter posse de bola se esta não se traduz em finalizações relevantes. Foi o caso: ou chutávamos de longe ou se tentava em vão fazer a bola chegar a João Carlos, nulo da cabeça aos pés. Não bastasse isso, o pênalti não marcado em cima de Jadson, muito mais pênalti do que o outro. O castigo veio aos 33, com Vizeu finalizando em ritmo de dois toques. Dois a zero, sem chance de reação com balões ridículos de Robinho ou cruzamentos quicantes para ninguém.

Fim de jogo, não faltou a luta de sempre mas faltou bola. E eles, que são bem menos do que pensam ser, deitaram e rolaram. Ficam o gosto amargo do meio de tabela e a necessidade de reação já no domingo. Pelo menos o Gustavo Traíra quebrou e cara, e nem foi o único.

Recorde de público do campeonato. Em vão.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: rap