Fluminense 1 x 0 Botafogo (por Felipe Fleury)

Alívio. Esta é a palavra que melhor define o sentimento do torcedor Tricolor após a vitória sobre o Botafogo pelo placar mínimo. Era uma vitória necessária que o Fluminense, mesmo sem muitas alternativas ofensivas, buscou desde o início. Essa foi a diferença marcante entre as equipes: um Fluminense que, embora tenha um elenco sabidamente fraco e está com seus salários/direitos de imagem atrasados, mostrou todo o tempo que pretendia os três pontos, atuando com entrega e valentia. Adjetivos que, normalmente, são vistos do lado do Botafogo que, hoje, foi um arremedo de time.

Foi um primeiro tempo até interessante. O Fluminense mostrou desde o início que desejava mais a vitória que o Botafogo e partiu para cima do adversário, sobretudo pelo lado esquerdo do campo, com Everaldo e Ayrton, mas as bolas cruzadas para a área invariavelmente não encontravam ninguém, muito porque seu principal atacante, Pedro, ainda desfalca a equipe. O ímpeto inicial foi recompensado com o gol, após escanteio, em que Digão aproveitou uma sobra de uma bicicleta marota de Everaldo e completou para marcar o primeiro e único tento Tricolor. Logo depois, o Flu recuou tentando explorar os contra-ataques, mas os mesmos foram inócuos, seja por erros no último passe, seja porque não havia um finalizador à frente. O Botafogo só chegou com perigo duas vezes, no fim da etapa, mas Julio César fez duas grandes defesas.

O Tricolor voltou para o segundo tempo com Rodolfo no lugar de Julio César, que saiu machucado. E manteve sua postura, sem permitir que o Botafogo chegasse muito à sua área, não sofrendo sustos, mas também sem agredir o adversário. Pimpão entrou e o alvinegro tornou-se mais ofensivo, acuando o Fluminense, embora sem grandes chances de gol, até que Ayrton corta com bola com o braço dentro da área o árbitro marca pênalti para o Botafogo. Parecia que o Flu repetiria o script do último jogo, quando permitiu o empate são-paulino quando tinha a vitória nas mãos. Rodolfo, contudo, que ainda não tinha feito uma defesa sequer, pulou para defender a má cobrança: gol do Flu! Foi o que se ouviu nas arquibancadas, explosão do lado Tricolor.

A partir daí, o Botafogo, que já vinha capengando, entregou-se. O Flu ainda desperdiçou dois ou três ótimos contra-ataques no fim, mas o placar ficou de bom tamanho. Não dá para esperar muito mais de um time que não tem ataque e que teve seus últimos quatro gols marcados por seus zagueiros ou jogadores adversários. Da turma do Marcelo Oliveira/Abad, Caíque e Luciano continuam sem mostrar absolutamente nada que os credencie à titularidade na equipe. Dodi e Everaldo, pelo menos, foram voluntariosos. Digão foi o craque do jogo, tanto pelo gol quanto pela segurança que deu ao sistema defensivo. Fez uma partida com pouquíssimos erros.

É assim que tem de ser. Sem treinador e sem time, o Fluminense precisa se superar dentro de campo vencendo suas deficiências e os adversários com bravura. Foi o que se viu hoje no Maracanã.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @FFleury

1 Comments

  1. Bom dia. Sem treinador e sem time? sem time, sim. Jogadores fraquíssimos e, pior, sem receber. Erram passes como se fossem “fraldinhas”; meias que só jogam prá trás; zaga que só joga pros lados; lateral que entrega jogo invariavelmente. E aí você se volta para o “treinador da vez”? repense a tua passionalidade. Os “outros” já falam isso. Não é dessa forma que você ajuda o Fluminense.

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