Flu x Bangu, lembranças de 1985 (por TTP)

O Fluminense dará início a sua temporada 2022 enfrentando um adversário tradicional no cenário do futebol carioca: o Bangu. E sempre é bom relembrar grandes confrontos contra os adversários do Tricolor.

No caso do Alvirrubro, podemos voltar ao distante ano de 1985, quando chegou à final do campeonato carioca como vice-campeão brasileiro. Naquela época, os estaduais eram decididos em dezembro e o Bangu, que havia perdido a chance de se sagrar campeão nacional contra o Coritiba, teria outra chance de título contra o Fluminense.

A partida era válida pela última rodada do triangular final do campeonato, que contava com o Fluminense (campeão da Taça Guanabara), o Flamengo (campeão da Taça Rio), e o Bangu (time de melhor campanha acumulada). No último jogo, apenas os dois tinham chance de título.

Quando a bola rolou, bastaram 4 minutos para os 88 mil torcedores verem o Bangu abrir o placar com Marinho de cabeça. O primeiro tempo terminou 1 a 0, para desespero dos torcedores tricolores que precisavam que o Flu virssse a partida para se sagrar campeão.

E como desgraça pouca não é bobagem, como diriam, José Roberto Wright ainda ignorou um toque de mão dentro da área do Bangu, com um defensor que cortou um chute de Renê irregularmente (fato que nunca é mencionado quando o jogo é lembrado na mídia). Mas finalmente aos 18 minutos, Romerito, empatou para o Fluminense.

O PÊNALTI QUE O BANGU COMETEU – CLIQUE AQUI.

A virada veio quando Jair empurrou Washington em uma disputa de bola pelo alto. Falta próxima da área, que Paulinho cobrou com mestria e marcou o segundo gol tricolor.

Já nos acréscimos, Cláudio Adão recebeu lindo passe e foi derrubado por Vica dentro da área. Wright, que não tinha marcado um pênalti para o Fluminense, simplesmente ignorou o lance final. A confusão foi tão grande que três jogadores do Bangu acabaram expulsos. E o árbitro chegou a trocar agressões com um segurança de Castor de Andrade, na época dirigente banguense todo-poderoso.

Em entrevista posterior, Wright justificou que não havia marcado o pênalti porque já havia acabado a partida antes de Adão dominar a bola. No fim das contas, o Fluminense foi tricampeão carioca em 1985, o que nunca mais voltou a acontecer.

O Bangu agora é nosso primeiro adversário na busca pelo título de 2022. Vamos ver se a mesma competência estará em campo, independentemente de polêmicas de arbitragem, e que o Tricolor repita a alegria da vitória daquele ano já distante.

BANGU 1 x 2 FLUMINENSE

Campeonato Carioca – Final
Maracanã, 18 de dezembro de 1985
Renda: Cr$ 1.670.240.000,00
Público: 88.162 pagantes
Árbitro: José Roberto Wright, auxiliado por Wilson Carlos dos Santos e Pedro Carlos Bregalda

Gols: Marinho, aos 4 min do 1º tempo; Romerito, aos 18 min e Paulinho, aos 31 min do 2º tempo

Cartão amarelo: Perivaldo, Mário, Marinho, Oliveira e Fernando Macaé (Bangu); Vica, Deley e Romerito (Fluminense)

Cartão vermelho: Perivaldo, Mário e Cláudio Adão (Bangu)

Bangu: Gilmar, Perivaldo, Jair, Oliveira e Baby; Israel, Arturzinho e Mário; Marinho, Fernando Macaé (Cláudio Adão) e Ado. Treinador: Moisés

Fluminense: Paulo Victor, Beto, Vica, Ricardo Gomes e Renato; Jandir, Delei e Renê; Romerito, Washington e Tato (Paulinho). Treinador: Nelsinho.