Flu 1 x 0 Bangu (por Paulo-Roberto Andel)

Desfalcado de Fred, em recuperação física, e com o garoto William em lugar de Valencia, o Fluminense deu sequência à sua jornada no deserto – ou seja, Moça Bonita 50 graus – segunda vez em quatro jogos – as pipas de sempre- contra o mandante Bangu pela quarta rodada do Carioca 2013.

Em ritmo de Arábia, o Flu começou sem a velocidade de outros jogos, claro, e centralizando as jogadas mais do que devido, o que facilitava o desarme banguense. Parte porque Carlinhos estava retraído, parte porque Bruno é Bruno, parte porque é bem difícil iniciar com pressão uma partida debaixo do tradicional calor infernal – jogar com inteligência, dosando energias. O primeiro grande chute do Tricolor veio no passe de Conca que Sobis explodiu no travessão. Seria uma grande pedida antes do tempo técnico com a devida hidratação em hectolitros.

Meio-tempo até o intervalo,  coube a Conca o eterno papel de força motriz do time, até porque Jean estava mais recuado do que de costume – e Diguinho, adiantado idem, numa solução vanguardista. Justamente num momento de troca dos dois, a bola aberta na direita fez Bruno estrear no jogo, cruzamento aos 27 e Michael fez o papel de jovem matador: cabeçada, estopa, o Garotinho narrou. Alívio, oásis no deserto, vencendo o velho Rafael de 2009-2010. Com o gol, o Flu tomou o jogo para si, mesmo com alguns contra-ataques do Bangu, todos organizados por Almir (que merecia ter tido uma carreira bem melhor). Marcava bem no meio e não oferecia espaços. E tome Conca tentando. Terminou com uma falta perigosa de Sobis. Diguinho leonino outra vez.

Segundo tempo no Catar de Guilherme da Silveira, Cavalieri começou trabalhando em finalização de Foca. O Bangu buscando meios de reagir, trocando passes perigosos na intermediária tricolor, incomodado. Quase um gol contra: o próprio Cavalieri repôs a bola, ela explodiu nas costas de Elivelton e voltou para a meta. Ufa! A réplica foi com Michael perdendo grande chance na pequena área, pouco antes da parada técnica – pegou mal de chapa na bola. Afora isso, o Flu claramente perdeu velocidade, favorecendo a defensiva banguense.

A fase final pós-hidratação não se alterou. O mandante adiantado, mas curiosamente sem atacar. O Fluminense segurando como podia em recuo, naturalmente extenuado. Chiquinho, xodó de Renato, veio para o lugar de Carlinhos. Depois Conca reclamou de ter sido puxado na área. E a falta (indevida) perigosa cobrada por Almir provocou linda defesa de Cavalieri. Wellington Silva no lugar de Bruno? Ai-Jesus! Biro-Biro, tudo bem.

Guerreiro demais, o nosso craque argentino foi novamente o símbolo dessa partida: luta, dificuldades, superação. O mesmo de Sobis. Diguinho também: parece disposto a mostrar que sua carreira vai longe. Garra de réquiem para o querido comentarista Jorge Nunes, falecido ontem, perda terrível.

Para quem queria o Flu na zona de rebaixamento, um desgosto profundo. Eles têm a imprensa, nós somos a história. Outro 1 x 0, mais três pontos na sacola. E dois jogos sem levar gols.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

2 Comments

  1. Juca Kfouri sobre as bobagens ditas por Nelson Motta, João Máximo e Zuenir Ventura: “Mas purifica o ar ver um trio tricolor tão afinado com o espírito esportivo”

    http://blogdojuca.uol.com.br/2014/01/consciencia-tricolor/

    Isso é ou não é incitação ao ódio e, por consequência, à violência contra a massa tricolor que exerce seu direito de defender o Fluminense das inverdades propagadas pela imprensa?

    Print aqui: http://archive.is/NMh5E

    Não resta dúvida que tudo isso é orquestrado e…

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