A estreia na temporada 2018 (da Redação)

ESTREIA

O Fluminense estreou na temporada 2018 diante do PSV Eindhoven. Após o empate no tempo normal com um grande gol de Robinho, perdeu nos pênaltis por 5 a 4, em mais uma pérola de Romarinho. Parte da torcida elogiou a garra do time, ainda que numa atuação opaca no primeiro tempo. De toda forma, ainda é muito cedo para qualquer conclusão positiva ou negativa. É evidente que reforços são necessários, não há dinheiro e o ano esportivo já começou; no entanto, nunca é demais lembrar de que, em 99% das suas conquistas em 116 anos, o Tricolor começou suas temporadas sem qualquer expectativa.

A grande repercussão da noite ficou por conta das declarações de Henrique Dourado, já conhecidas e públicas. Contratado em 2016, teve atuações pavorosas e se reinventou na temporada seguinte, ficando entre os maiores artilheiros do futebol mundial. Marcou posição em cobranças de pênalti, mostrando enorme perícia no fundamento. E batalhou muito em campo com determinação e suor. Isso não impediu o Tricolor de ter um segundo semestre ridículo em termos de performance, mas os gols e a empatia de Dourado levaram os mais velhos a, precipitadamente, verem nele a possibilidade de termos um novo Ézio.

Ledo engano. Super-herói só existe um.

Dourado cumpriu com rigor seus deveres profissionais ano passado pelo Fluminense, e tem todo direito de reclamar seus salários atrasados, mas é um jogador nômade, de raízes rasas nas camisas que veste, bem ao estilo do futebol “moderno”. Sua carreira até aqui demonstra isso: a caminho dos 29 anos de idade, já atuou por 11 clubes. Está acostumado a breves durações nos times. Se entende que precisa sair do Flu, que o faça – e se não queria ficar, era melhor que nem tivesse ido à Flórida. O clube passa por um momento muito difícil, de modo que só deve estar no Flu quem realmente tenha pleno compromisso com a camisa tricolor.

A se confirmar sua saída, lamenta-se a chance de se ter um novo ídolo futuramente, mas uma instituição de 116 anos a caminho não se resume a um único nome, seja ele qual for. Os jogadores passam e o Fluminense permanece. E que, com a saída de Dourado, a posição seja imediatamente preenchida com uma peça à altura.

O ÓDIO CONTINUA

Não se pode deixar de lado a proposição feita pelo ex-funcionário, dirigente e candidato derrotado no voto em 2016, Sr. Mário Bittencourt, através da rede social Twitter, apropriando-se de um texto eterno de Nelson Rodrigues para “conclamar o povo tricolor a pegar de volta o clube”, o que pode ser interpretado de várias maneiras, nenhuma delas com o devido respeito ao resultado das eleições tricolores de 2016. É direito de qualquer um criticar qualquer gestão do Fluminense em qualquer circunstância, mas o que se espera de quem já dirigiu o clube é, no mínimo, respeito aos votos dos eleitores e responsabilidade.

Muito do que hoje irrita a milhões de tricolores em todo o Brasil é também fruto da gestão do Sr. Mário à frente do futebol do Fluminense – por sinal, como um dos dirigentes que mais acumulou derrotas no campo e contratações de baixo calão enquanto comandante direto.

Enquanto não trocar a mágoa e o ódio pela serenidade, o Sr. Mário continuará abafando sua imensa paixão pelo Fluminense em troca do papel de um personagem caricato, feito o que posou para uma foto com uma lata de refrigerante – concorrente de um patrocinador do clube – para debochar do Sr. Elias Duba.

Mostraria um gesto de grandeza se, em vez de estimular a belicosidade entre tricolores, dialogasse com seus ex-pares, sem edições do passado. Afinal, as trapalhadas do ano de 2015 ainda estão muito vivas na memória da maioria dos tricolores.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

#JuntosPeloFlu

6 Comments

  1. Pior do que os “torcedores de gestão”. são os “golpistas de oposição” que até outro dia eram gestão…

  2. Sinceramente, acho o time fraco, muito fraco mesmo, mas isso não quer dizer pré-rebaixamento. Vamos sofrer este ano, mas temos que lutar.

  3. Até quando vai continuar essa história de herança de gestão? Eu quero saber é de 2018. O time é MUITO ruim!

  4. “Parte da torcida elogiou a garra do time, ainda que numa atuação opaca no primeiro tempo.”

    Que parte? A que está nos hospitais psiquiátricos desse Brasil Varonil? Ou os “torcedores de gestão” que estão contribuindo com o afundamento do clube?

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