Entrar num estádio velho.

Sentar-se num bloco de concreto, sem qualquer espécie de divisão para os vizinhos.

Ver um craque histórico em campo.

Esse foi meu programa de sábado.

O jogo não foi tão bom, mas se a vitória veio, esta passou, em cada minuto de jogo pelos pés vascaínos de Juninho Pernambucano. Três ou quatro faltas explendidamente batidas (dois dos gols saíram delas) e noventa minutos de sangue e vontade.

O que este cidadão tem de diferente? Ele não é melhor nem pior que um Seedorf, um Deco. Mas a torcida sente como se um de nós estivesse em campo. Na minha vida, não lembro de alguém tão identificado com um clube. Talvez Zico. Talvez Romerito ou Assis. O milagre é ter, no principal jogador do time, este perfil. Isso cria, no time e na arquibancada, uma conexão de confiança impensável com a ausência de um sujeito deste tipo. A torcida passa a ter uma paciência além do normal e acreditar que há algo de positivo além do normal de um clube de futebol. Essa liga, se bem usada, pode conduzir o time além de onde ele iria. É o combustível da superação.

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Tenho amigos que já estudam e pensam em um novo São Januário. Cadeiras, estrutura profissional, faturamento de primeiro mundo. Depois de quatro anos, me vi dentro de um estádio conhecido. Arquibancadas de concreto, irregulares, limpas porém mal cuidadas. Escadarias já quase centenárias. Banheiros toscos. Mas um cheiro e um jeito de campo de futebol de antigamente. Melhorar as instalações é importante? Claro! Mas será que é necessário modernizar no sentido de transformar a estrutura existente em algo completamente novo, que siga tudo o que se está plantando em todos os estádios padrão fifa? Substituir as arquibancadas por cadeiras individuais? Será que isso, por si só, trará o lucro que se espera? Ou será que a modernização da estrutura atual, mantendo seus padrões vigentes, com a melhoria da arrecadação, a cobrança correta da meia entrada, a melhoria da estrutura para estacionamento, lojas, bares etc. resolve o problema? São Januário não é um anel fechado. Pode ser ampliado com um tobogã nos moldes do Pacaembu, por exemplo. Mais espaço, mais gente, mais grana. Sinceramente, gostaria de ter meu estádio mantido em suas características atuais. Não vejo vantagem na mudança. Não sem antes tratarmos de tantos outros problemas.

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Derrubar o Abel não resolve.

Só pude assistir à meia hora final.

Estavam lá Edinho e Diguinho. Custei a crer. Não sei se entraram de início, mas é dose pra elefante.

Porém, enquanto o Vasco descobriu um Rafael Vaz que está enchendo os olhos de quem viu os últimos jogos do Vasco, o Flu segue com o amuleto de oGum em campo. Não é possível.

Não há nenhum beque na base para ser promovido?

Falamos nisso há três meses, pelo menos, e estão lá os mesmos beques.

Até quando?

Panorama Tricolor

@PanoramaTri