Entre letras e canetas, contos e cantos, o Fluminense sempre estará acima de tudo! (por Antonio Gonzalez)

gonzalez green 2017

Antes de nada deixa eu deixar claro uma coisa: eu não aceitei escrever para o Panorama Tricolor, para usar o espaço como plataforma política. Nesse sentido, o meu Facebook fala longe. Fui convidado por um dos donos do pedaço, o Andel, escritor que é e que acha que as minhas letras, simples ou complicadas, pobres ou não, tem cabida por estes lados. Escrevo, falo do que sinto, de como vejo o momento com sal ou sem tempero, com nexo ou convexo, no verso que versa e por momentos reza.

Sendo assim, vamos ao que importa, mas vou começar pelo final…

12 segundos…  sim foram 12 segundos, desde o instante em que o Henrique desarmou o atacante vascaíno, quase sobre a linha da nossa área, até que o esférico, depois de magnífica, porque inteligente, arrancada do Marcos Junior, com e sem a bola, beijasse às redes cruzmaltinas, depois de passar para e receber do Scarpa .

1, 2 e 3 a 0…

Esta semana, fui um dos felizardos que bisaram os jogos do Fluminense. Estive presente em Juiz de Fora.  Putz… para primeiro jogo, menos de 20 dias de treinos.

Gostei muito!

Para a minha surpresa, no regresso, descobri através das Redes Sociais, que eu tinha uma leitura bem diferente da galera mais acostumada a ver futebol pela televisão.

Mergulhei fundo, destemido disse:  “Para primeiro jogo do ano, o Fluminense jogou pra @#$=&@!”.

Ainda arrisquei… Quase nunca fiz isso em 49 anos de arquibancada… “Vamos ganhar do Vasco!”…

Pouca gente sabe como funciona o tal “ar que se respira em Laranjeiras”…  Mas que o clima está leve, isso é de nítida sensibilidade.

Fui com o meu brother de outras vidas, o Paulo-Roberto Andel…  do lado de fora do estádio, chegamos às 3 da tarde, muitas caras de desconfiança.  Nisso, um cara das antigas, desses que você conhece mas não sabe o nome, me parou:

“Você agora é Conselheiro”…  consenti com a cabeça…  “Então você me representa e a todo o meu bonde” (eram umas 10 pessoas)…

O meu sorriso, no seu começo amarelo de uma pseudo vergonha, que eu não devo ter, porque nunca fui de me omitir, finalizou totalmente verde esperança.

“Vamos ganhar!”… esse flash veio na minha mente.

Resolvi ficar na água mineral com guaraná de copo, marca desconhecida, para glicosar, sem direito a refri…  cerveja, talvez por primeira vez nos últimos 30 anos, nem pensar.

Que odor!

Marijuana que incensava o bar… uma discussão por causa do que restava do baseado, início de um tumulto…  Atuei como Juiz de Paz, driblei a tensão…  O Paulo riu, brilho nos olhos…

“Vamos ganhar!”… outra vez de visita na minha cabeça.

Ao contrário da maioria dos Tricolores que conheço, eu acho que o Engenhão é um excelente estádio. Uma vez lá dentro, arquibancada superior. Do lado direito, meio afastado…

Pressão inicial do Vasco, mas o Fluminense praticamente não cometia erros. Nossa parte ofensiva, começava a carburar as jogadas.

No intervalo para a hidratação dos atletas, uma certeza rondava nos Tricolores que estavam no estádio:

O Sornoza e o Orejuela são jogadores diferenciados.

O nosso time, com essa categoria adquirida, muda nitidamente de patamar.

Veio o primeiro, com direito a passe de calcanhar do Dourado…  o Wellington, que ontem poderia ter marcado mais gols, no entanto, nesse lance, não perdoou.

Overdose de adrenalina, mal deu para respirar, jogadão do Sornoza, com o Ceifador, como autêntico 9, empurrando para as malhas.

No intervalo me dirigi até a galera do Sobranada que estava do outro lado.  Ali se respira FLUMINENSE 100%…  É um grande movimento de torcedores… Onde se encontram, os melhores.  O respeito e a admiração são mútuos.

SOBRANADA FUMAÇA

Estávamos com sangue nos olhos… “Dá para golear”, dizíamos…

Nova pressão sem compressão do clube de São Januário…

Com o Lucas, que teve uma bela estréia, quase que desmaiando, e o Sornoza esgotado, o Abel mexeu muito bem. Renato, com mais proteção do que em Juiz de Fora, cumpriu a sua função. Já o Luiz Fernando, que de longe, dentro de campo, se assemelha fisicamente ao ex-jogador Gilmar Fubá, se adaptou rápido, cão de guarda que foi cumprindo a função.

Faltava a cereja do bolo…

Oxigênio para o ataque e, de repente 12 segundos mágicos…

12 segundos…  sim foram 12 segundos, desde o instante em que o Henrique desarmou o atacante vascaíno, quase sobre a linha da nossa área, até que o esférico, depois de magnífica, porque inteligente, arrancada do Marcos Junior, com e sem a bola, beijasse às redes cruzmaltinas, depois de passar para e receber do Scarpa .

Na radiografia final:

O “Vamos ganhar!” se transformou no VENCEMOS!

Orejuela, Douglas, Scarpa e Sornoza…  um meio de campo como os de antigamente.

Fim de jogo, um misto de surpresa, satisfação, esperança e, uma única humilde certeza:

UNIDOS SOMOS FORTES!

(Mas sem comida mastigada, menos ainda digerida)

PS.: “Fica Eurico!”

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: agon/sobranada

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1 Comments

  1. Brilhante Gonzalez! Que coluna maravilhosa, parabéns! Esse meio de campo com Douglas, Orejuela, Scarpa e Sornoza é de encher as medidas!!! União sempre!!! Abraços!

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