Ensaio sobre a cegueira tricolor (por Thiago Muniz)

Queridos e queridas tricolores,

Não vou e nem quero mentir para vocês o quanto fiquei feliz e extasiado pela conquista da Libertadores. O ano de 2023 será marcado em minha vida, cumpri uma promessa de fazer uma tatuagem com o escudo do Fluminense em minha pele.

Veio 2024 e com isso o título da Recopa, nada mais, nada menos do que em cima da nossa algoz LDU, aquela que em 2008 foi responsável por uma das maiores tristezas que vivi no futebol.

O ano virou e desculpe o termo: não sou otário e não vou fugir da realidade atual do clube.

O Fluminense está vivendo uma metástase financeira e o destino será bem cruel, caso nada seja feito. Hoje estamos indo mais para o mesmo caminho pesado de um Vasco da Gama do que a lição de casa que o Flamengo fez. Tudo leva a crer que o Fluminense fará uma SAF bastante duvidosa e descredibilizada, oriunda de negociações escusas e onerosas para o financeiro do clube.

Uma grande parcela da torcida está simplesmente anestesiada, achando que o clube passa por uma austeridade financeira, num analfabetismo matemático inacreditável. Esse mesmo torcedor se tornou eleitor da atual diretoria, alguns até são cabos eleitorais formais e informais.

Como disse Saramago: “Ensaio sobre a cegueira!”. É o que defino essa parcela da torcida do Fluminense. E se torna um tanto violenta, pelo menos nas redes sociais, aquela violência gratuita sob os teclados dos smartphones. Não se pode criticar e nem apontar erros da atual gestão tricolor.

Nós aqui já vimos alertando há um bom tempo as mazelas e demasias que vêm acontecendo, mas o que interessa pra boa parte dessa torcida é estar anestesiada e ser esculachada por pseudo-youtubers tricolores, principalmente barbudos filhinhos de papai da zona sul carioca.

Me xinguem, ordinários! É o que sabem fazer com perfeição. Só não adianta chorar após o colapso; vai para cama que é lugar quente.