Ecos da política tricolor (por Márcio Machado)

O atual momento político é muito importante para o futuro do clube. No entanto, querer derrubar um presidente eleito da maneira correta apenas pela vontade é naturalmente complicado.

Apontar erros faz parte do processo. Já apontar soluções lúcidas é muito raro, mesmo por parte da situação; todavia, ela tem alguns acertos, principalmente sobre seu ponto de vista conceitual que, se não mantido, vai acabar tornando o Fluminense inviável em médio prazo.

CEO, CFO e as nomenclaturas podem ser frescura, ok.

Os profissionais escolhidos podem não ser grande coisa e receberem muito, também concordo.

Contudo, a eventual derrubada de Abad para promover a volta do amadorismo fanfarrão rifará o futuro do clube pela sua própria incompetência.

O futebol profissional movimenta muito dinheiro para ser gerido apenas na base da paixão, garra e curiosidade. E há de haver a competência técnica também. O ideal no momento é trocar o staff atual depois do balanço atrasado.

Fazer tanta questão do craque, do jogador de nome, da estrela ou como se queira chamar, é demagogia barata visando o torcedor mimado pela Era Unimed e sem noção do buraco do clube. Quem oferece ou pede isso é ou sem noção do estado crítico das contas ou é mal intencionado, duas coisas de que não precisamos no momento. Já estouramos a cota de megalomanias em gestões anteriores.

Ah, sem contar o desconhecimento histórico do que é o do nosso clube acostumado a ganhar com elencos pouco badalados, vulgos “timinhos” (e mesmo quando fizemos times ostensivamente fortes, a Flapress nos diminuiu).

Em muitos casos, é preferível um time humilde, pago em dia, bem armado e aguerrido do que com um figurão ou atrasos de salários, que podem fazer desandar tudo e tirar a estabilidade desse time. É preciso reconhecer que essa gestão, que é tão detestada, está acertando no campo em 2018.

O momento deve – ou deveria ser – de união no Fluminense, com ou sem o atual presidente à frente, e do profissionalismo. Foco imediato em arrumar recursos novos, cortar despesas inúteis, contratar pelo menos mais um meia de armação e deixar o time trabalhar. A resposta poderá ser ótima e finalmente pacificar o ambiente, exceto para quem só pensa no poder.

A você, que me leu até agora, um modesto conselho: procure perceber isso em quem você acompanha e fuja de quem não coloca o Fluminense em primeiro lugar. O clube jamais poderá dar certo com estes.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

#JuntosPeloFlu

Imagem: mm

2 Comments

  1. Concordo com a política “pés no chão”. Não há dinheiro pra investir em medalhão e devemos valorizar a prata da casa.
    Daí não entender o Flu ter 2 medalhões como Abel e Autuori em sua folha, enquanto os demais clubes do Rio apostam em soluções mais econômicas. O Autuori é realmente necessário?
    Não entendo tb Romarinho. Isso contraria a valorização das pratas da casa. Mil vezes M. Alessandro. São apenas 2 exemplos. Mas devemos promover a paz interna no clube e buscar liberta 2019. ST

    1. É discutível mesmo , mas acho que fizeram uma escolha deliberada por alguém experiente na gerência pois o vice de futebol na prática não existe e com diretor fraco ano passado na prática o Abel acumulava os cargos e não rendia bem na sua função principal , Romarinho foi um erro mas já é passado

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