É preciso ter sonho, Fluminense (por Paulo Rocha)

Conquistar a Libertadores exige muito mais do que simplesmente futebol. Como certa vez cantou o genial Milton Nascimento, é preciso ter força, é preciso ter raça, é preciso ter gana, sempre. É preciso ter sonho: embalado por este, o Fluminense chega a Assunção do Paraguai para sua batalha no Defensores Del Chaco.

O palco não é desconhecido, tampouco o adversário. Sabemos o que lá espera o Tricolor: ambiente hostil, um Olímpia babando por revanche, todo um cenário de comoção nacional. Uma guerra; para vencê-la, é necessário guerrear. Com a cabeça e com o coração.

Já fomos eliminados da Libertadores duas vezes neste local, por este mesmo adversário. Inclusive ano passado, quando tínhamos um vantagem igual à que dispomos agora. Ou seja, aprendizado não faltou. Está na hora de escrevermos um final diferente para este enredo.

A estratégia de poupar o time principal contra o Athletico-PR, apesar de temerária, se mostrou acertada. Além de não termos perdido um jogo de alto risco, pudemos comprovar que há suplentes de muita qualidade para eventual necessidade.

A torcida tricolor conta os minutos para o duelo desta quinta-feira. Não sai do nosso pensamento o embate. Jogo para quem tem nervos de aço, citando Paulinho da Viola, outro gênio de nossa música. Mas com sangue nas veias. Sabemos que, passando por essa prova, ficaremos ainda mais fortes na busca pelo sonho continental. E é preciso ter força. Sempre.