É Fluminense, não America (por Paulo Rocha)

Sábado de carnaval, semifinal da Taça GB entre Fluminense e Madureira em Los Larios, no distante e abafado distrito de Xerém Em razão de ninguém querer segurar o pepino da segurança do clássico entre Flamengo e Vasco, fomos relegados a jogar num local que mal dá para chegar. Vamos torcer para que não chova, afinal, ainda está bem viva na nossa memória a partida de polo aquático na qual derrotamos a Portuguesa.

O triste é constatar o seguinte: enquanto acompanhamos a reforma do telhado que caiu em Edson Passos, o nosso maior rival mexe seus pauzinhos para revitalizar o Maracanã. Isso mesmo já tendo “tomado” do Botafogo o Luso Brasileiro, na Ilha do Governador.

Ora, o Fluminense não vai se movimentar no que diz respeito a voltar ao Maracanã? Ou está satisfeito com as sete mil pessoas que cabem no Giulite Coutinho? Tudo bem, as taxas do Maraca são elevadas, jogar no estádio tem um custo oneroso, mas temos torcida para enchê-lo – ainda mais com o time em grande fase. Afinal (com todo respeito ao tradicionalíssimo clube rubro), essa porra é Fluminense ou America?

Estamos num ano que recomenda austeridade, procurando o reequilíbrio financeiro, mas não podemos nos apequenar. Nossa torcida está ávida por retornar ao Maracanã para reeditar a festa, o mosaico, as bandeiras, o pó de arroz. Quantos pais – e aí me incluo – estão loucos para voltar a frequentar o mais famoso estádio do mundo com seus filhos?

Vamos acordar diretoria. Sei que está difícil, reconheço até um presidente esforçado e presente, mas é preciso que nos lembremos do nosso tamanho. O Fluminense é enorme e sua torcida é apaixonada. Por amor ao nosso pavilhão, passamos por cima até da saída de jogadores consagrados para dar vez a um novo tempo. Mas ficar sem o Maracanã é uma coisa inaceitável. Eu, pelo menos, jamais aceitarei uma coisa dessas.

O Estado do Rio e o Maracanã têm jeito, apesar de todas as falcatruas aos quais foram expostos. Que o Fluminense dê sua parcela de contribuição para o ressurgimento daquele lugar no qual crescemos e que hoje torcemos, ardorosamente, para que volte a ser o mesmo. E isso está longe de ser uma utopia. É preciso agir, rápido.

Tricolor, faça a sua parte.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: paroc

1 Comments

  1. A Flusócio sempre tratou o Fluminense como clube de bairro. Um presidente proveniente de seus quadros não vai fazer diferente.

    Pobre Fluminense…

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