Fluminense: um sonho, um drama, uma presença (por TTP)

Um sonho…

Difícil ficar tranquilo com tudo que acontece no país. Incluindo o Fluminense.

Acontece que temos um sonho: o de vencer uma Libertadores. Isso fará o Fluminense maior? Não. Ele já é grande o bastante, e todo mundo sabe disso, inclusive aqueles que preferem fingir que não concordam. Mas faria bem para o clube e para o torcedor também. Faria muito melhor até mesmo para um certo mandatário, mas já cansei de comentar sobre isso. Já tem gente demais dando atenção a um mero funcionário do clube, que ocupa apenas uma cadeira, e não um lugar na história. O sonho está na nossas mãos, está a cada jogo mais perto de se realizar. Sonhemos!

Um drama…

Não seria Fluminense se não fosse difícil, imponderável, todo aquele blábláblá que eu adoro, mas está cansando. Cansando porque chega uma hora que a gente quer trocar de faixa, mudar o lado do vinil, ou do cassete, depende de qual época você viu do Fluminense.

Já tivemos times que fizeram o imponderável, mas já tivemos times que jogaram futebol também.

E do Fluminense de hoje, só podemos esperar um milagre, uma superação, ou algo referente ao peso da camisa. Nunca podemos dizer: hoje o time é favorito. Pois quando dissemos, ele foi lá e deu no que deu. Perdeu para o Barranquilla em pleno Maracanã.

Tinha que ter o drama. E teve.

Teve também o sobrenatural, o imponderável. Contra o River, isso somou-se ao bom futebol. Que, ALELUIA, se repetiu contra o São Paulo e contra o Redbull de Bragança.

Mas, chega de drama. Eu agradeço pelo futebol jogado em campo. Só não venceu no Morumbi, porque o gol se tornou detalhe, parafraseando o Luxa, injustiçado pela afirmação editada.

Uma presença…

Presença constante na boca dos torcedores o Pequeno Príncipe continua fazendo das suas. Há quem goste, há quem odeie. Eu só quero que o Pequeno deixe por algum tempo a pequenez e lembre-se que está sentado no trono de um gigante. Pois quando faz isso, pasmem, acerta. Mesmo que muitos digam que foi sem querer. Coincidência também vale, eu não duvido mais. Já sou velho o bastante para saber que o destino conspira a favor e contra, na mesma medida, o resto é com a gente.

Outra presença constante é a de Nenê. Horas irritando, horas fazendo um golaço como contra o River. Se vai estar presente, que fique em campo enquanto pode render. Se cansa, marque presença no banco.

Até Fred aceita ser poupado. Há alguém que tenha coragem de medir o tamanho da importância de um e de outro dentro de campo? Sei que tem. Tem louco para tudo. Pequenos e grandes.

Mas, já falei demais. O patrão não curte colunas longas, nem eu.

Tanto ele, quanto eu, não queremos certo tipo de público. Nem nos estádios, nem nas nossas colunas.

Fico por aqui.

Em tempo, essa pandemia tem sido “cruel, muito cruel”, e não era assim que queria me despedir de muita gente. Fica o abraço ao nosso querido Januário. Diria um: Luí, respeita Januário.

Respeito sim, não deveria depender nem de sonho nem de drama, mas deveria marcar sempre presença.