Divagações sobre o Dinizismo (por Daniel Morales)

Fernando Diniz é um ótimo treinador.

Com uma filosofia de jogo muito própria, com seu jogo de aproximação, marcação alta e muita movimentação, o chamado “dinizismo” é algo bem diferente do que já se viu no Mundo do futebol.

Num ótimo trabalho, Fernando Diniz vem alcançando bons resultados pelo Fluminense e hoje talvez viva seu melhor momento na carreira.

Porém, existe algo extremamente preocupante que “mata” o trabalho de Diniz no Fluminense e impede que o treinador e seu time deem passos maiores.

A teimosia.

Quando era treinador em 2019, Diniz custou para barrar nomes como os de Bruno Silva (volante) e Luciano (atacante). Insistia com jogadores que possuem características incompatíveis com seu estilo de jogo e que prejudicam o rendimento do time ao longo dos jogos.

Em 2022 e 2023, a teimosia de Diniz insistia e insiste com jogadores como Felipe Melo, Willian Bigode – agora licenciado -, Marrony, Wellington e outros atletas que prejudicavam o time. O maior exemplo foi na semifinal da Copa do Brasil contra o Corinthians ano passado. Com André suspenso no jogo em São Paulo, Diniz entrou com Wellington no lugar do camisa 7 e este mesmo falhou na marcação no lance onde saiu o primeiro gol do time paulista.

Chegamos em 2023 e, apesar de estarmos apenas no começo do ano, já se percebe que Fernando Diniz segue com suas teimosias. A mais clara, além de sempre colocar Felipe Melo e Marrony no final dos jogos, é que o treinador tricolor, por incrível que pareça, ainda não percebeu que Keno não tem condições de ser titular e tem prejudicado o time.

Na verdade, não é o Keno em si, mas o esquema de 4-3-3, não tem sido efetivo principalmente em jogos contra times fortes fisicamente, vide o primeiro tempo contra o Vasco e os jogos contra o Volta Redonda. O mais impressionante é que, sempre quando Diniz mexe na formação tática, reforçando o meio de campo com Lima e agora Gabriel Pirani, o rendimento da equipe melhora, sendo que, para essa forma de jogar que o treinador oferece, o meio de campo é fundamental.

Fernando Diniz precisa barrar o Keno, primeiro por que o jogador vem mal nos jogos e segundo por que precisa reforçar o meio de campo do Fluminense, sair do 4-3-3 para o 4-4-2 e, com isso, abrindo mão de um ponta para por mais um meia. Para esse jogo do próximo sábado, qualquer vitória leva o Flu à sua quarta final seguida de campeonato carioca, mas para bater o bom e organizado time do Volta Redonda, o Tricolor irá precisar jogar mais do que vem apresentando nos últimos jogos.

Se quiser alcançar voos mais altos em sua carreira, Diniz precisa largar de ser teimoso! Ver o que o campo fala, fazer as alterações necessárias nos onze titulares e não esperar o time fazer primeiros tempos fraquíssimos para mudar só no intervalo.

Saudações Tricolores!