Deixem o Diniz trabalhar! (por Alberto Lazzaroni)

O TRICOLOR – informação relevante.

E aí galera tricolor? Tudo bem?

Pois é, tudo bem não está, não é mesmo? Nosso Fluminense ainda não embalou no ano e os resultados, por consequência, ainda não apareceram.

Mas venhamos e convenhamos, é o momento de pedir a demissão do nosso treinador? Na minha opinião, não é.

Vejamos: o cenário que surgia ao final de 2018 era sombrio. Nosso clube com uma dívida monstruosa, sem patrocinador, salários atrasados, credibilidade zero e tendo que se desfazer de todo e qualquer bom jogador que possamos revelar.

Faça um exercício de memória meu amigo e para isso utilize até mesmo outros clubes (entre eles nosso maior rival) para efeitos de comparação. Escale o time do Fluminense nos últimos três anos (vamos ficar só nesses).

E aí? Conseguiu? Pois bem né? Nós simplesmente tivemos três times diferentes, não é verdade? Já os outros clubes, de maior orçamento, alinham o mesmo time (com reforços e saídas pontuais) há várias temporadas.

E quando esse ano de 2019 começou, as previsões eram temerosas, tanto da torcida quanto da imprensa: é brigar para não cair. Agora me digam: é isso mesmo que está acontecendo? O Fluminense desse ano é o mesmo dos anos anteriores? Eu respondo. Não, não é.

“Mas Lazzaroni, estamos na rabeira da tabela no Brasileirão. Quatro jogos e apenas uma vitória. Dependendo da combinação de resultados podemos terminar a próxima rodada na zona de rebaixamento”.

Sim, eu sei. Mas sei também que nesses quatro jogos não jogamos para merecer, no mínimo, duas dessas derrotas e ainda fomos prejudicados pela arbitragem.

“Ih, lá vem você. No futebol o que importa é bola na rede, são as vitórias”.

Tudo bem, concordo de novo. Mas será que você não está gostando da forma como o Fluminense está atuando? Hoje o Fluminense se impõe, enfrenta de igual para igual, qualquer time.

E quem é o responsável por isso? Lógico que é o Diniz. E com que material humano? O que ele, com o orçamento disponível, está peneirando e conseguindo trazer usando a sua influência pessoal, convencendo os jogadores de que a sua proposta de jogo funciona.

O time de 2017, por exemplo, treinado pelo Abel tinha material humano superior ao atual, certo? A todo momento vejo torcedores saudosos do Julio Cesar, do Scarpa, do Richarlison, do Sornoza etc. E o quê aquele time apresentou de novidade? Rigorosamente nada. Ganhamos uma Taça GB e o resto do ano foi sofrimento.

Esse Fluminense atual tem vários ajustes a serem feitos principalmente no que diz respeito a transformar esse domínio do jogo, com a maior posse de bola, em gols. Precisamos treinar exaustivamente as jogadas de finalização. No entanto pedir a saída do nosso treinador seria um grande retrocesso. Ou vocês querem trazer um treinador pra fazer “o mais do mesmo”? Para isso os “Zé Ricardos” e “Valentins” da vida estão disponíveis.

Não meus amigos. Vamos fazer diferente. Hoje temos um estilo.

“Ah, mas ele é teimoso”. “Ele insiste com os mesmos jogadores”. “Tem que dar mais chances pros meninos de Xerém”.

Tudo bem, vamos cobrar. Todo e qualquer profissional precisa disso. Não quer cobrança? Se aposente.

Todavia, o que o Diniz mais precisa agora é de tempo e compreensão para dar sequência em seu trabalho.

Não pode ser à toa que outros treinadores, jogadores adversários, boa parte da imprensa e, pasmem, até mesmo os torcedores rivais estejam enchendo o trabalho dele de elogios.

Vamos continuar acreditando!

Bate-pronto:

1) Ver a cara de sem-graça do Mano Menezes na entrevista pós-jogo não tem preço.

2) Diniz, coloque mais os moleques!

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

#credibilidade

2 Comments

  1. É isto mesmo Beto Lazzaroni!
    Excelente a sua visão da siriação atual.
    E ao sugerir “coloca os moleques pra jogar” você previu o que fez ontem o Fernando Diniz.
    O gol do João Pedro não me desmente.

  2. É isso. Fernando Diniz é um treinador imprescindível hoje ao futebol brasileiro, que dirá ao Fluminense!

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