De barriga é mais gostoso (por Marcelo Savioli)

Amigos, amigas, foi uma vitória tranquila do Fluminense. Devemos agradecimentos ao goleiro do Posto Ypiranga, que abriu o caminho para a nossa vitória complicando um lance em que deveria ter chutado a bola para o mato, mas cometeu um erro bizarro de fundamento e a bola foi parar nos ágeis pés de Everaldo, que segue combinando jogadas de muita habilidade com outras meio estranhas.

O melhor de tudo, no entanto, foi o gol de Ganso, o primeiro com a camisa do Flu, de barriga, trazendo maravilhosas recordações à torcida tricolor. Além disso, iniciou a jogada do segundo gol, o mais bonito de todos, uma jogada de almanaque, que lembra um esporte antigo e meio fora de moda, um tal de futebol.

Salvo raras exceções, o Fluminense não se complica diante de adversários mais fracos. A posse de bola deve ter ficado nas raias dos 75%, como de hábito, não importa quem seja o adversário, pelo menos até agora.

Foi quarta-feira de cinzas, um dia de Mangueira, do nosso querido tricolor Cartola, que, ao que tudo indica, foi a legítima campeã do carnaval. Digo “ao que tudo indica” porque está difícil acompanhar desfile depois das 3 horas da madrugada. Das que vi, não houve surpresa, com Viradouro, Vila (que fez um desfile estonteante) e Portela fechando o G-4. Pensei que não viveria para ver a Imperatriz rebaixada e a nova queda do Império é uma tristeza reiterada e uma perda para o carnaval carioca.

Carnaval que, apesar dos tempos bicudos, marcou sua presença e mostrou que nem tudo está perdido. O Rio de Janeiro, particularmente, ainda vive no que restou da alegria, sabedoria, espírito libertário, talento e criatividade de sua gente.

Parabéns Mangueira!

Voltando ao futebol, Caio Henrique vai acumulando pontos. Nosso ataque, exceto em alguns momentos de Luciano, tem andado estabanado, não repetindo os bons momentos já vividos na temporada. É nítido que Pedro faz falta e que anda faltando um toque de qualidade.

O ponto forte é que, a cada jogo, o Fluminense mostra ter elenco. Diniz tem boas opções no banco, que conseguem manter a produção da equipe. O modelo de jogo está consolidado e o que se espera é que evolua. Chegamos ao começo de março e a sensação ainda é de pré-temporada. Pegaremos o Luverdense na próxima fase da Copa do Brasil. Não vejo um obstáculo. Quanto à Sul-Americana, uma vitória no Chile me parece algo até previsível, em que pese o empate da primeira partida.

No Flamengão, vamos de Fluminense e Cabofriense no próximo final de semana. Mais um jogo de um campeonato arrastado, com um regulamento esdrúxulo, que faz com que tudo se reduza aos três jogos finais. Como precisamos de dinheiro, a cartilha manda tentar conquistar a Taça Rio e obter a vantagem na semifinal do Flamengão. Temos no Flamengo um adversário indigesto e no Vasco a indigestão em forma de adversário. E é só.

O bom disso tudo é que a gente pode esperar com uma certa ansiedade o próximo jogo. Ainda que, às vezes, o jogo do Fluminense se apresente um tanto quanto modorrento, sobretudo porque os adversários não saem da retranca nem para beber água, temos sempre momentos legais no jogo. Em tempos em que tudo parece preparativo, o mínimo que se espera é que tenhamos espetáculos agradáveis, mesmo que não deslumbrantes, que é o que o Fluminense vem proporcionando.

Saudações Tricolores!

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

#credibilidade

1 Comments

  1. Os adversários não saem da retranca ou a postura do nosso time não os têm permitido atacar? Tô achando que é a segunda hipótese.

    ST

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