Coritiba 3 x 2 Fluminense (por Marcelo Savioli)

O QUE É ISSO, ANDRÉ?

Amigos, amigas, o grande candidato a nome do jogo era Paulo Henrique Ganso. Mas isso já está ficando monótono e repetitivo. Percebendo essa monotonia, André decidiu assumir o protagonismo. Jogando mal desde o princípio, tomando decisões erradas e sendo corriqueiramente desarmado, conseguiu levar dois cartões amarelos em menos de cinco minutos. O primeiro deles, é bem verdade, imerecido, mas o segundo capaz de mudar a história do jogo. De onde surgiu a ideia de, num cruzamento para a área aérea, tentar desferir um golpe de taekwondo na bola, acertando o rosto do adversário?

O Fluminense vencia por 2 a 0 e tinha todas as possibilidades para fulminar o Coritiba nos contra-ataques. Era o início do segundo tempo. Pênalti para o Coritiba, o Fluminense fica com um a menos, gol e uma nova história. Que começou com um jogo equilibrado. O Time B, como nós o conhecíamos, não entrou em campo, mas esteve longe de reproduzir as últimas deprimentes jornadas. O Coritiba se insinuava pelos lados e o Fluminense tinha dificuldade de neutralizar essas jogadas. O Fluminense, por sua vez, sem conseguir se infiltrar na defesa do Coxa, arriscava de fora da área, primeiro com Luís Henrique, depois com Yago e, finalmente, com Ganso, que contou com um frangaço de Muralha para abrir a contagem.

O Fluminense, que marcava alto, começou a recuar desnecessariamente, mas o segundo gol acabou vindo num contragolpe, em que Luiz Henrique fez jogada primorosa e cruzou na cabeça de Ganso, quase na pequena área. Era o caminho aberto para a vitória, mas o Fluminense recuou mais ainda e trouxe o Coritiba para cima, tomando sufoco no final da primeira etapa, mas segurou o resultado, gerando boa expectativa para o segundo tempo.

Só que nós voltamos ao lance de André, Fluminense com menos um, completamente baratinado e dominado em campo. O segundo gol do Coritiba era questão de tempo, e foi. Aliás, um time organizado, com muita intensidade no jogo, mas que, lá pelos vinte e poucos minutos, acabou reduzindo o ritmo, permitindo que o Fluminense até equilibrasse o jogo. Aí vem o show de horrores, primeiro com Caio Paulista, depois com Marlon, que não conseguiram sequer chutar em gol duas oportunidades claríssimas.

Marcão já fizera mexidas no mínimo estranhas. Colocou três zagueiros em campo, tirou Cano, Ganso e colocou Willian, que não jogou nada, quando deveria ter colocado Martinelli em campo para não perdermos o meio. Mesmo assim, o desenho do jogo apontava a possibilidade de uma vitória. Só que o castigo veio no final, em um momento de transe do sistema defensivo do Fluminense, completamente desarrumado.

Marcão só precisa explicar a troca de Ganso por Willian, num jogo em que estávamos com um homem a menos. A gente até entende a entrada do Caio Paulista, que é ruim de bola, mas tem intensidade. Agora, o Willian? É coisa que precisa ser explicada. Marcão conseguiu reproduzir os erros em substituições de Abel, mas temos que dar o devido mérito a André, que não é de jogo que vem atuando mal.

Não é para sentar no meio fio e chorar. Pelo jogo de hoje, sim, pela temporada, não. Começaremos, a partir de amanhã, o trabalho de Fernando Diniz. Diniz não começará um trabalho do zero, ao contrário do que o trabalho de Abel possa sugerir. Tem o Time B, que, sendo tomado como ponto de partida, poderá nos proporcionar uma bela temporada, mas é fundamental que o novo técnico tenha autonomia total, o que, em se tratando de Fluminense, nos dias atuais, é bem duvidoso.

Aguardando os próximos episódios dessa saga, que não está definida.

Saudações Tricolores!

2 Comments

  1. Com tanto pereba lat. esq. seria melhor colocar um zagueiro por ali, que soubesse sair jogando, mas passando a bola aos meias, guardasse posição; pelo menos os pontas se desgsstariam menos na cobertura e, convenhamos, Marlon ontem teve uma tarde catrastofica, uma teta que o atsque do Coritiba soube explorar muito bem.

  2. Pineida, Marlon e Cris Silva. Três laterais esquerdos. O primeiro destro adaptado, deveria ser testado na direita e sendo desaprovado, ser devolvido. O último, um pereba adquirido a peso de ouro. Impossível repassar sem preju, vai ser emprestado até expirar o contrato. Vide caso Robinho. O do meio foi escalado como solução, mas é fraquíssimo. Um escárnio com nossa história. E ninguém vai preso! Pobre Flu.

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