Conca é patrimônio (da Redação)

conca 2014

Por mais que o mundo do futebol viva de especulações e estranhezas no período das férias, é sabido que boa parte da torcida do Fluminense está sob enorme preocupação por conta dos bastidores a respeito de seu ídolo Darío Conca.

Celso Barros, o outrora maior tricolor de todos os tempos, talvez não seja tão maior assim e, mesmo com o rombo evidente atestado pela Anbima em 01/09/2014, o fato é que só entrou água nos contratos tricolores quando o rei, certo de que perderia o reinado, deu o fora – ou por vingança, ou pela sede política de 2016.

http://www.debentures.com.br/informacoesaomercado/noticias.asp?mostra=13239&pagina=

A ANBIMA – Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais é a representante de mais de 340 Instituições, dentre bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento no Brasil.

É claro que para a Sicredi (“novo” nome da Unicred) fica muito mais conveniente rachar ou mesmo se livrar integralmente dos salários da turma que ficou no Fluminense, daí o apreço pela proposta corinthiana. Fontes relevantes dão conta de que o ex-rei já avisou aos comandados que não pagará mais um tostão, praticamente impelindo-os a deixar as Laranjeiras.

Jogadores vem e vão, artilheiros vem e vão. Ídolos, não.

Conca é diferente.

Contagia a torcida com sua garra e dedicação, ainda que seu talento seja maior do que tudo.

Um dos artífices de 2009 e a fera do tri em 2010.

Estivesse em campo em 2013, não passaríamos aquela dolorosa situação. Conca é de se estregar ao jogo, não entregá-lo.

Completamente alheio a futriquinhas e vaidades ocas em detrimento do grupo.

Carisma, vontade, aplicação.

Por estas e outras razões, é peça fundamental no novo momento do Fluminense.

O clube não tem dinheiro. Precisa de viabilidade econômica? Quem pode concedê-la sem traições e mau caratismo? A torcida. Mas ela também precisa se mobilizar e deixar de lado a Revista do Rádio tão bem relatada em crônica por Nelson Rodrigues.

A permanência de Conca é um assunto de Estado Tricolor, de interesse de todos os cidadãos que se nutrem das três cores. Trata-se de um patrimônio material, moral e histórico do clube. Não é um jogador comum. Não é “apenas” um craque. O que está em jogo é outra coisa.

A saída do ídolo argentino pode ser um desastre sem par na condução do Fluminense, inclusive afetando a administração atual e as posteriores, sem contar as possíveis reações mais intempestivas, que não se justificam mas se explicam.

A hora é de uma grande mobilização tricolor em termos de atitude e dinheiro também. Todos, sem exceção. Já. Não se trata de manter o craque, mas sim o ídolo, o que é mais acima. A não ser que as cartas estejam marcadas, isso deve partir imediatamente de quem comanda; ou seja, a direção.

A possível saída de Conca coloca o Fluminense em 2015 nos piores patamares de 2013. E depois não vai adiantar cara de choro como aconteceu na Fonte Nova.

Se tiverem o mínimo de bom senso, os entusiasmados tricolores defensores voluntários do Sr. Celso Barros devem estar se sentindo completamente traídos neste momento.

Pensando bem, faz todo sentido.

O Fluminense é maior do que qualquer fanfarrão arrogante.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: google

1 Comments

  1. O que mais me irrita é a diretoria vir a público tão somente pra dizer que NÃO RECEBERAM PROPOSTA PELO CONTA. Então, se entendi bem, se chegar tal proposta será analisada. A resposta deveria ser a seguinte: O CONCA É INEGOCIÁVEL. E mais, deveriam se mexer pra tentar pagar os salários deles integralmente e sair fora da UNIMED. Dificil, claro, mas nem tanto assim!

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