Como será o Flu sem Luiz Henrique? (por Marcelo Savioli)

Amigos, amigas, o Fluminense finalmente interrompeu a sequência de resultados ruins que sucederam a grande exibição diante do Atlético-MG, que ontem espancou a Dissidência em Minas, tendo ficado barata a derrota por apenas 2 a 0. O Fluminense interrompeu, também, a sequência de más atuações, contra Atlético-GO e América.

Bastou para isso que Diniz entrasse em campo com uma escalação que faz sentido. A simples entrada de Nonato no lugar de Wellington fez com que o time voltasse a evoluir harmoniosamente em campo. Foram longos minutos de pressão e já aos 10 minutos poderíamos estar vendendo por 2 a 0. Depois, contra a vontade do técnico, o time foi relaxando a marcação alta e o jogo caiu de ritmo no final da primeira etapa.

Aliás, assim como no final da primeira etapa, o Fluminense começou a segunda com freio de mão meio puxado. O Avaí chegou a marcar o que seria o gol de empate, mas o VAR achou um impedimento no lance. O Fluminense teria plenas condições de buscar a reação, até porque, de alguma forma, o susto pareceu fazer reaparecer o apetite tricolor pelo ataque.

De artilheiro para artilheiro, Matheus Martins substituiu Cano e marcou o segundo gol, sacramentando o triunfo tricolor. Não, é bem verdade, com um futebol exuberante, como já praticou em outras ocasiões. Eu não acho que o Wellington seja um jogador ruim, mas eu acho que nesse elenco ele é um bom reserva, jamais titular para deixar Nonato, Yago e Martinelli no banco. Eu acho até que a vaia da torcida se aplicaria a Willian Bigode, que quase marcou o terceiro no fim, mas tem uma folha corrida inquestionável de maus serviços.

Sem contar que Diniz colocou Willian em campo deixando JK de fora. E é aqui que começa o tema central da coluna de hoje. Teremos no próximo domingo a despedida de Luiz Henrique, uma das péssimas vendas, que já fazem parte da cultura do Fluminense, espero que não por muito mais tempo.

Vejo duas possibilidades. A primeira é Diniz encontrar um substituto natural para Luiz Henrique, que tanto pode ser JK como Matheus Martins. Sem contar que temos o possível retorno de Michel Araújo, que vinha jogando como atacante no Oriente Médio. Com Cano, Árias, Nathan, Michel Araújo, JK e Matheus Martins para as três posições mais adiantadas da formação tricolor, não acredito que estejamos prestes a viver um drama.

A outra alternativa é voltar ao 4-5-1 do Time B. Nesse caso, o substituto para Luiz Henrique seria um meia. Olhando para o time de ontem, eu vejo Martinelli, mas Nathan, Yago e o próprio Michel Araujo poderiam ganhar a vaga. A julgar pelo que andou jogando o tal Time B na Taça Guanabara, parece que nós temos milho suficiente para muita pipoca.

O Fluminense parece ter encaminhado a contratação de Marrony, atualmente reserva num clube dinamarquês. A reserva, em si, não me parece um indicador conclusivo, uma vez que é comum um jogador ter dificuldade para se adaptar a um país tão diferente. A idade de 23 anos é um bom indicador, assim como o fato de ter sido um pedido de Fernando Diniz. Eu, particularmente, nunca vi nada demais, porém a gente sabe que Diniz é capaz de ver coisas que escapam à lógica dos meros mortais.

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Amigas, amigos, noticia-se por essas bandas que o Porto recebeu uma oferta de 60 milhões de euros por Evanilson. Sim, o Evanilson que nós perdemos praticamente de graça.

Pois vocês sabem qual foi a resposta do Porto? “Não”!

O fato, em si, é didático. Cabe às pessoas que amam o Fluminense Football Club propor uma alternativa política que transforme o Fluminense cultural e organizacionalmente. Precisamos de uma nova ordem, que esteja alinhada à necessidade premente de uma gestão profissional. Não podemos mais ficar a reboque de projetos pessoais num clube que fatura centenas de milhões de reais por ano.

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Nossa agenda para as próximas semanas é bem promissora. Na quinta, Fluminense e Cruzeiro no Maracanã pela Copa do Brasil. No domingo, duelo no Engenhão com o redivivo Botafogo. Depois disso, uma semana sem jogar até o duelo, também no Maracanã, contra o Corinthians. Em seguida, mais uma semana sem jogar até o duelo com o Ceará, também no Maracanã. Ou seja, serão três semanas jogando somente no Rio, sem viagens, com duas semanas inteiras para treinar.

É uma oportunidade de, ao mesmo tempo, subirmos na classificação no Brasileiro e Diniz conseguir sedimentar seu modelo de jogo. Se essas duas coisas acontecem, o sarrafo das expectativas vai subir muito.

Saudações Tricolores!

2 Comments

  1. Savioli, está sendo noticiado que o Marrony foi um pedido de Diniz. Será?! Temo ser mais uma manobra de empresários….. Nao seria a primeira vez.

  2. Bom dia, Savioli ! Acredito que Yago (pulmão do time} no lugar do Nonato daria uma consistência maior no meio campo, ou seja, o time melhoraria a marcação nesse setor quando estivesse sem a bola. Você não acha que em alguns momentos neste último jogo contra o Avai, com apenas André e Nonato responsáveis pela marcação, o time demonstrou fragilidade no setor de meio campo ?

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