Como será o amanhã? (por Ernesto Xavier)

Fluminense 2x1 Cabofriense Frigols

O que esperar de 2015?

Escrevi e apaguei diversas vezes, pois os pensamentos às vezes se contradiziam. Não espero fazer um exercício de futurologia. Futebol costuma derrubar todas as previsões, adivinhações e prognósticos.

Quem poderia prever que o time campeão antecipadamente de 2012 teria um ano tão desastroso em 2013? Analisando o passado, vemos que a vaidade, os interesses pessoais e as disputas internas de poder foram os protagonistas daquele momento terrível.

Ressurgimos em 2014 quando todos apontavam o dedo em nossa direção, nos acusando de fraude. Éramos o principal alvo dos ataques alheios. Fomos vaiados por onde passamos. Tive a crença de que estaríamos mais unidos do que nunca para mostrar ao mundo que tínhamos honra e uma camisa que coloca medo em qualquer adversário. Em alguns momentos vislumbrei um time extremamente competitivo, porém os problemas internos, agora liderados pelo antes semideus Celso Barros (ainda terá o nome do Centro de Treinamentos?), tornaram a atrapalhar o que se desenhava em campo. Foi um ano de vitórias como os 5 a 2 sobre São Paulo e Corinthians e o gol salvador no final da partida contra o Atlético Paranaense. Assim como também foi o ano das derrotas para o América de Natal, na Copa do Brasil, para o Goiás na Sul-americana e Chapecoense no Brasileiro. A Flapress urrava, espumava de tanta alegria com nossos tropeços, enquanto o clube de remo rebolava para não cair à segunda divisão.

Chegamos ao fim da temporada sem muito para comemorar, mas com um anúncio que para alguns foi negativo, mas que vejo como ponto crucial de virada em nossa história: a saída da Unimed.

Muito já foi falado aqui sobre o assunto, porém creio que após 15 anos de uma relação que já vinha desgastada, o melhor era cada um seguir seu rumo. Hoje a Unimed é conhecida em todo o país. Hoje o Fluminense continua sendo Fluminense, como sempre será, pois somos eternos. Já o plano de saúde…

Precisávamos voltar a tomar as rédeas do nosso próprio destino. Se iremos errar ou acertar, só o tempo dirá, mas será a partir de escolhas nossas e não de um megalomaníaco que quis inflacionar o mercado. Não poderíamos continuar reféns das decisões alheias.

Por isso, vislumbro um ano diferente, em que teremos de nos acostumar com uma dinâmica mais real, mais condizente com nossa história. Quem ficou no clube, terá uma relação mais próxima, pois não deverá passar por intermediários. Celso Barros não será mais o homem a quem os jogadores irão procurar quando tiverem alguma exigência, reclamação ou elogio. Todos se reportarão ao Fluminense. Assim como deveria ser sempre. O Tricolor é maior do que qualquer pessoa que queira mandar e decidir. A instituição que tanto nos fascina voltará a ser protagonista. Vejo um grupo que, se não for genial, ao menos deixará o sangue e o suor nos gramados. E se nos decepcionarem, saberemos também a quem cobrar.

Gostei de ver o apoio da torcida no jogo-treino de ontem (sábado) contra a Cabofriense. Isso demonstra que o torcedor sabe quem é o seu amor. A Rua Álvaro Chaves deveria receber mais jogos. O clima é diferente. Os novos e os velhos jogadores sentem o calor que em estádios maiores acaba se dissipando. Essa energia será vital para a sequência do ano.

Nada vai nos tirar o brilho. Nada e nem ninguém conseguirá nos derrubar. Somos gigantes. Somos a História. Caminharemos juntos até a eternidade.

Para começar o ano: Campeão Carioca. Adivinhação? Só um palpite…

#SejaSocioDoFlu

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @nestoxavier

Foto: Matheus Frigols

2014 copa

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