Como será amanhã? (por Rods)

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“Responda quem puder”.

É o que diz a letra cantada por Simone, um dos grandes nomes da Música Popular Brasileira. No caso do Fluminense, essa resposta cabe apenas a Levir Culpi e seus comandados. Às portas do Brasileirão, somos incapazes de prever uma classificação diante da Ferroviária de Araraquara. E o medo de uma nova humilhação na Copa do Brasil parece superar a confiança, tão inabalável após o título da Primeira Liga.

Aproveitando o assunto Primeira Liga, se já era unânime a opinião de que aquele elenco campeão precisava de reforços, o que o time que se apresentou nos últimos dois jogos precisa é de um milagre. Na derrota para o Botafogo, muito disseram que poderia ser ressaca do título. Na derrota para a Ferroviária, muitos disseram que o time não quer mais correr com ou pelo Fred. Em ambos os casos, uma coisa é clara: o que falta mesmo é vergonha na cara.

Tudo bem, foi uma conquista inédita em um campeonato pioneiro, que, se levado a sério, poderá ajudar a mudar o futebol brasileiro. Mas, como diz uma amiga minha, quem é Gustavo Scarpa na fila do pão? Xodó, cheio de talento e símbolo do Fluminense atual. Certo. Mas cabe a ele e ao restante do elenco agir como quem acabou de vencer uma Libertadores? Agir como aqueles que vestiam a camisa tricolor nos últimos momentos da Unimed? A maior parte dos nossos jogadores ainda tem muito feijão pra comer.

Se é verdade de que não querem mais jogar com o Fred, que abram o jogo de uma vez e não nos façam sofrer por várias rodadas. Levir tem que saber lidar com isso, de um jeito ou de outro.

Foi mais de uma semana até o jogo da ida. Mas parece que, como a minha avó dizia, burro carregado é burro que anda. Teve treino, mas também tempo livre. Toda a jogada do terceiro gol deles e aquele passe do Magno Alves pra lateral, simbolizam bem a situação.

Aproveitando que falei do Magnata e sem diminuí-lo, não podemos em hipótese nenhuma tê-lo como esperança de um segundo tempo melhor. Repito, não é para fazer pouco dele. E nem do Gum, que não poderia ser o melhor zagueiro tricolor. Imagino que vocês estejam entendendo o porquê das minhas colocações.

Sei que tem gente, talvez por inocência ou por ter esperança demais, já projetando um resultando proposital visando a Copa Sul-Americana. Bom, acho que nossa história recente já é suficiente para negar essa teoria.

Aparentemente, Levir Culpi tem autonomia de vestiário e capacidade não falta a ele. Então, o “remedinho” da vez é o da orelha quente. Não apenas um, mas vários puxões para fazer os jogadores entenderem onde estão, o que precisam fazer e quem precisam ser. Ou a mudança começa amanhã ou a verdade é que ainda não nos livramos de 2013.

Enquanto esperamos a mudança de atitude, Levir promoveu mudanças no time. Algumas por necessidade, outras por um tempero melhor no nosso arroz com feijão. Em princípio, entram em campo: Diego Cavalieri, Wellington Silva, Gum, Henrique e Giovanni; Edson, Cícero, Gustavo Scarpa, Osvaldo, Richarlison e Fred.

Prestaram atenção no companheiro de ataque do Fred? Se o garoto, vindo do nosso primeiro adversário no Brasileirão, quer mostrar do que é capaz, a hora é agora.

Atitude. O destino do Fluminense, voltando à música tema desta coluna, não pode ser como Deus quiser. O destino do Fluminense tem que ser buscado com garra e com raça por quem representa suas cores.

Assista ao Programa Panorama Tricolor 183

ST!

Panorama Tricolor

@Panoramatri @Rods_C

Imagem: Rods / PRA

2 Comments

  1. Concordo com quase tudo na matéria, menos com a Simone, que também cantou, mas quem imortalizou e levou esta música (O Amanhã) pra galera foi o saudoso Aroldo Melodia, no samba enredo da União da Ilha, em 1978. A César o que é de César.
    Nada contra a Simone, que também interpretou muito bem esta musica.
    Saudações Tricolores!

    1. Tudo bem, Julio, sem problema. Só citei a Simone, pois é da interpretação dela que me lembrava.

      Valeu! Vamos que vamo!

      Abraço e ST!

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