Semana totalmente conturbada no Fluminense após a quinta derrota consecutiva do atual campeão brasileiro no campeonato. A demissão do Abel mais que previsível e acertada. Abel é meu ídolo, mas não tinha como chacoalhar esse time, mudar peças e fazê-lo voltar a vencer. Tudo na vida é cíclico e o ciclo do treinador com este elenco havia de fato se encerrado. E ele mesmo reconheceu isso.

A despedida? Uma emoção só! Despedida de homens de caráter e tricolores de verdade são assim. Lembram da saída do rato? Comparem! Todas as homenagens a Abel Braga são e serão poucas! Ídolo eterno tricolor!

Mas como tudo no Fluminense não é fácil, a vinda do novo técnico foi uma nova celeuma. Até que foi contornada de forma rápida. Celso Barros acertado com o Luxemburgo há mais de uma semana tenta convencer Peter e seu grupo, que tem várias restrições ao Luxa, a aceitarem sua vinda. Foi convencido. O técnico chega com um contrato de seis meses e com a pedida salarial rebaixada.

Apresenta-se na terça e já comanda o primeiro treino com transmissão ao vivo por sites e presença de quatrocentos tricolores na arquibancada. Começava a Era Luxemburgo no Fluminense.

O tricolor vai pro jogo com mudança do esquema: foi usado o tradicional 4-4-2. E a única mudança foi por causa das contusões dos laterais-direitos. Luxemburgo jogou Jean pela direita e entrou com Diguinho no meio.

E o primeiro tempo continuou na toada dos últimos cinco jogos: o time sem velocidade na saída de bola e no ataque e muitos erros de passe. Deco foi um horror! Terrível! Longe do maestro que nos encanta em campo. Tanto que saiu para a entrada de Felipe, ainda no primeiro tempo. Esse sim deu outra dinâmica ao jogo.

O Cruzeiro, por sua vez, usando uma marcação implacável e muito combate conseguia sair com perigo e assustou muito no primeiro tempo até mandando bola na trave.

No final do primeiro tempo um sopro de esperança. Após boa jogada com participação de Felipe, Jean cruza e Wagner chuta desequilibrado pra fora, cara a cara com gol. Porém o desequilíbrio se deveu a um pênalti marcado de forma correta pelo árbitro. Fred corre pra bater, Fábio não sai antes e defende. A bola ainda sobra pro Fred que perde gol feito. “Que fase”, eu disse no fim do primeiro tempo.

No segundo tempo, ainda com problemas, principalmente  a saída lenta de bola, o Fluminense melhorou o seu jogo. Principalmente, depois da bela substituição de Luxa (essa é uma de suas características). Sai Diguinho, entra Igor Julião na direita e Jean volta pro meio. E o time melhorou! Longe ainda do campeão brasileiro, mas melhorou. Atacamos mais. O jovem lateral dava opção de velocidade e com qualidade pela direita.

Outra substituição deu mais dinâmica ainda ao jogo. O omisso e inoperante Wagner, a “enceradeira”, sai para a entrada do jovem Kenedy. Mais folêgo e dinâmica na saída de bola.

E lá pelos 30 veio o gol! Felipe dá um passe de mestre para Carlinhos livre na esquerda. Este cruza. Kenedy tenta um voleio e erra, mas a bola vai para a cabeça de Fred no meio. O artilheiro não perdoou e diferente do habitué comemorou e muito!

Depois foi só cozinhar o galo. Opa: a raposa!

Final de jogo e uma vitória santa sobre o lider do campeonato. Estamos agora a seis pontos da zona da Libertadores e a oito do primeiro colocado. Ainda há muito campeonato. Luxemburgo começou com o pé direito! Que seja assim até o final!

Panorama Tricolor

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