Certa vez, quando eu ainda era adolescente, fui com um pessoal para a fazenda da família de um amigo meu passar um feriado qualquer. Nessa fazenda tinha um campinho improvisado, com dois gols feitos de madeira e até um resto de cal que um dia delimitou o campo. Pra um jogo de sub-17 contra peões tava pra lá de bom. Claro que a partida foi mais engraçada e dolorida (experimente enfrentar a marcação de alguém que passa o dia capinando) do que qualquer outra coisa. Olha, eu nem lembrava mais disso, porém o “gramado” de quarta-feira reavivou minha memória.

Enfim, fora as “bombas” deixadas pelos animais da fazenda, o tal campinho não ficava devendo em nada para o Olímpico de Caracas. Eu teria vergonha de colocar um time profissional pra jogar ali. O problema é que a Conmebol não tem. Desde que a grana continue entrando, é claro. Fiz uma rápida consulta online sobre os requisitos que os estádios precisam apresentar para receber jogos de determinados campeonatos e muito se fala da infraestrutura. Aí eu pergunto: o gramado não faz parte da infraestrutura? Não seria o palco umas das coisas mais importantes?

Por não apresentar o requisitos mínimos para jogos da Libertadores, o Caracas não pode mandar seus jogos no seu estádio. Mas eu quero reencarnar mulambo se a situação para os times não seria melhor lá do que na UCV! Não deveria ser tão difícil assim colocar o bom senso como regra número um em qualquer coisa da vida. Por isso faço coro com o Abelão na polêmica do radinho. Quer padrão Fifa? Que tal fazer direito?

E a sinusite vai bem?

Sobre o assunto, a primeira coisa que devemos fazer é ignorar a tentativa estapafúrdia da flapress em transformar isso em uma grande polêmica. A segunda é cair na real e não pensar que tem algum bobo na história. Quem tem ou teve sinusite sabe como ela pode ser.

A situação é simples: Thiago Neves, de saco cheio, tomou o remédio que resolveria seu problema e obviamente não perguntou antes ao DM tricolor, pois sabia que seria proibido de utilizá-lo. Deu uma de João-sem-braço e achou que poderia conseguir jogar. Sim, ele queria jogar. Mas na hora do desespero tomou o remédio. Aí foi a vez do Fluminense tentar a mesma tática em cima da Conmebol. Nada disso deu certo, mas, por bem, vencemos sem ele.

Aí agora falam em multa e até em não utilizá-lo no jogo contra o Volta Redonda. Como ele não jogou na quarta, se o Abel pretende utilizá-lo contra o Grêmio, seria uma grande bobagem não colocá-lo em campo ao menos durante um dos tempos. Ele precisa de ritmo.

Gum e Deco

Ah, finalmente! Tava na hora de termos um pouco mais de segurança na zaga. Eu gosto do Leandro do Euzébio, mas ele não pode ser o mais técnico da nossa dupla de zaga. Ele precisa do Gum ao seu lado. Nós precisamos! Já sobre o nosso maestro, confesso que eu estou impressionado, pois esperava que só aparecesse nos jogos de volta da Libertadores. Melhor pra gente, claro! Agora é torcer pra ele chegar até o “mata-mata” tinindo e sem se machucar.

Sabe de uma coisa? Mesmo com a Libertadores, não tá nada difícil levar a Taça Guanabara e a Taça Rio.

ST!

Nos acréscimos:

– Luxa foi muito prepotente. Esperando um jogo fácil, colocou todas as novidades em campo pra ganhar ritmo e entrosamento, visando a partida contra a gente aqui no Rio. Colocou a classificação em risco e o Grêmio pagou o pato. Digo, o Huachipato.

Rodrigo César, o Rods

Panorama Tricolor

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