Botafogo 0 x 1 Fluminense (por Edgard FC)

Vitória empática e providencial no Nilton Santos, outrora João Havelange, mais conhecido como Engenhão, da nossa equipe que ficou com a posse de bola e controlou o jogo.

O Botafogo nitidamente entrou para se defender e evitar o gol Tricolor. Quase conseguiu, não fosse a persistência da equipe. Dos pés de André saiu o chutão-lançamento que encontrou Caio Paulista na esquerda, que cruzou até o meio da área, onde, após escanteio, Manoel estava por ali. no que dominou, driblou três jogadores com seu gingado e fuzilou, de pé esquerdo, para as redes, decretando o gol solitário contra a estrela solitária, um a zero, evitando assim a apoteose da mediocridade.

Fernando Diniz conseguiu repetir pela terceira vez os mesmos onze iniciais: Fabio, Samuel Xavier, Nino, Manoel, Caio, André, Gustavo Nonato, Paulo Henrique, Jhon Arias, Luiz Henrique e Germán Cano. Mas será a última vez que poderá fazer, pois já no próximo jogo, dia 1º de julho contra o Corinthians no Maracanã, Luiz Henrique não poderá ser escalado, pois se despediu hoje da camisa do Fluminense, vendido ainda no início da temporada ao Real Bétis da Espanha, atual campeão da Copa del Rey, o correspondente à Copa do Brasil de lá.

A equipe vinha cansada desde quinta-feira e vimos o preço ser cobrado, Cano e Arias saíram sentindo, pode preocupar. Com a perda de Luiz Henrique, vamos precisar entender como jogar sem ele, tanto pelas suas jogadas individuais, como o que ele representa taticamente. A princípio Matheus Martins deveria ser considerado, mas não seria descartável encorpar o meio-de-campo com Martinelli ou Yago, a ver.

Diniz terá a semana cheia para testar e pensar sobre isso, talvez já até tenha treinado alguma solução, ainda não deflagrada para nós, meros mortais que nunca demos dois treinos.

Caio Paulista, embora tenha feito o cruzamento na jogada que resultou em gol, atrapalha muito as jogadas. O lado esquerdo só funcionou quando Arias saiu do lado direito e foi habitar aquele relvado, eis um grande problema para resolver, pois ao enfrentar equipes melhores, poderemos sofrer por não ter uma melhor solução por ali.

Nonato, Manoel, André e Arias foram os destaques positivos de hoje. Os demais estavam abaixo, muito pelo físico também, que não pode ser descartado. Teremos a próxima semana livre, por nossa incompetência, pois como fomos eliminados humilhantemente da Pré-Libertadores e da Sul-Americana, agora assistiremos aos rivais pela televisão. Planejamento impecável, eles disseram.

Por ora é comemorar mais três pontos e seguir na página de cima da tabela, uma paz para trabalhar e continuar eliminando as deficiências extracampo.

Evidências:

– Vender o Luiz Henrique foi uma das maiores desgraças que Mário fez com o Fluminense. Uma gestão tóxica e aduaneira, nenhuma inovação ou grande feito. Mais do mesmo e piorado.

– Felipe Melo é um jogador inacreditavelmente caro e descartável. Entrar em jogos como esses para dar chutões e gritar como se estivesse sendo campeão, tudo isso por muitos pares de milhões de reais em dois anos, levando parte considerável do valor a ser arrecadado com a venda do Luiz Henrique.

– Teremos uma sequência bem mais difícil pela frente: Corinthians e Ceará em casa, Cruzeiro e São Paulo fora.