Alma! (por Lennon Pereira)

 

BODY

Em todos esses anos que acompanho futebol, cansei de ver elencos de boa qualidade, com vários talentos e  bons técnicos, naufragarem em campeonatos regionais e nacionais.

No último fim de semana, acompanhei ao vivo o jogo entre Atlético MG e Cruzeiro, no Mineirão. Havia assistido também ao jogo no independência semana passada. Talvez por estar sempre certado de mineiros no meu trabalho, eu tenha mais interesse nesse clássico do que no incolor, insipido e inodoro jogo entre Corinthians e Santos. Deve ser uma incompatibilidade de Naturalidade. Um Carioca não perde tempo assistindo a um clássico paulista por livre e espontânea vontade. Só se for para agradar uma mulher muito especial, ou para pagar promessa.

Voltando à vaca fria, ia eu comentar sobre o clássico Mineiro. Vi que no primeiro jogo, o Galo dominou as ações e foi senhor da partida. O Cruzeiro era um time apático e sem poder de reação. Presa fácil.

Ao chegar a hora do jogo, pensei que o titulo estaria decidido. O Galo cozinharia o jogo uns vinte ou trinta minutos, esfriaria o Cruzeiro e levaria o jogo em banho Maria.

O que ocorreu foi o inverso. O Cruzeiro dominou as ações, pressionou e abriu logo 2×0 ainda no primeiro tempo. Chegou a ter chances de matar o jogo ampliando para três ou 4×0. Não fez. No segundo tempo, um jogo enjoado, poucas chances e no final o gol do galo numa falha bisonha do Egidio! Quem? Egidio? Ahhh aquele que jogou no Flamengo? Sim, esse mesmo. Time que tem Egidio como titular não pode ser campeão nem de futebol de botão.

Ao analisar essa final, chego a algumas conclusões:

O Atlético e o Cruzeiro têm algo em comum. Suas almas não estão dentro de campo, vêm de fora. O Galo tem Ronaldinho, que é gênio, mas que não encarna a raça e a responsabilidade. Ontem não jogou nada, sumido em campo. No Independência ele se multiplica, brilha, talvez estimulado pelo calor e a pressão que a torcida faz no acanhado e tímido estádio. Esse é o Galo. Um time médio com um grande craque, que é o rei no seu alçapão. Ao meu ver, esse time vai tropeçar quando o bicho pegar.

Do Cruzeiro, pouco a dizer. Nenhuma grande estrela e uma penca de ex-vascaínos. Eu poderia me estender, mas é claro que só podia acabar como acabou, vice novamente… é a sina.

Tudo isso que veio antes desse parágrafo é apenas para dizer que acredito no Fluminense. O Olímpia não é galinha morta, mas não é nenhum bicho papão!

A diferença do Fluminense para os times citados acima é que temos Fred. Jogador de alma e estrela. Com ele em campo, nossos guerreiros se multiplicam, suas forças se renovam e todos ganham muito em confiança.

Fred não tem a habilidade nem o repertório de Ronaldinho Gaucho, mas tem carisma, tem estrela, tem “aquilo roxo” é decisivo e carrega a responsabilidade nos ombros sem se abalar. É um predestinado e se encontrou  e se encaixou perfeitamente no Fluminense! Será um dos maiores ídolos da história.

Até agora tem:

2 Brasileiros, 1 Carioca, 2 vices da Sulamericana e muito em breve uma Libertadores e quiçá o Mundial.

Guerreiros avante! Quarta é o dia da classificação! O segundo jogo será pro forma!!

Obrigado a todos que torceram rezaram e mandaram vibrações. Mamãe operou hoje e após 6 horas foi para UTI começar a recuperação. Ela é guerreira, tem alma de Tricolor. Não se entrega, se supera e quando não acreditam mais, ela está lá, novinha pronta para outra batalha!

Obrigado a todos e a Deus pela dádiva da vida!

Até breve!

ST

Lennon Pereira

Panorama Tricolor

@PanoramaTri