Friamente falando, o fato está em não termos brilhado o devido para se ganhar a América.

Então surgem os especialistas mais sagazes, com todas as soluções que se imagine para o triunfo. Sonora bobagem.

Nosso 2013 não tem feito jus ao tetracampeonato. Chegamos aos pés de junho sem o viço de outrora. Não merecemos passar pelo Olimpia num todo. Podem falar da posse de bola, mas ela não vence jogos sozinha – no máximo ajuda.

Nada de crucificar Cavalieri e Digao. Falharam, mas têm enorme crédito. Comecamos bem, Rhayner fez um golaço, tudo pareceu felicidade num momento, a noite não terminou bem como eu tanto sonhei. Viraram o jogo ainda no primeiro e sustentaram até o fim.

A dor dói. Meu coração ficou mais triste do que o normal. Mas não custa lembrar: o sonho não acabou. Foi apenas adiado.

Um até breve, talvez.

Quem pode dizer o amanhã.

Precisamos recobrar 2012.

Eu queria tanto esse título que o tratei como a mulher que eu amo. Amor que não se mede, que derruba intempéries e, principalmente, sabe esperar.

Não era a hora ainda. Mas talvez falte pouco. Talvez seja questão de tempo. De jeito.

Um dia isso vai acontecer.

Parafraseando o disco de Miles Davis, “Someday my princess will come.”

Repito: questão de tempo apenas.

O que me resta além de meu solitário amor nesta madrugada?

Esperança. Ela faz do futebol uma grande paixão.

Não me deixo comover pela realidade triste de hoje. Eu prefiro a fantasia e o sonho que me libertem.

Macaé fica logo ali.

Para lá? Eu vou.

Paulo-Roberto Andel

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @Pauloandel

Foto: UOL