É claro que o Fluminense decepcionou sua torcida ontem, especialmente no pavoroso segundo tempo diante do Ceará. Mas é bom que se diga: o Flu só não venceu o jogo porque finalizou pessimamente durante a partida. Ok, também não perdeu o jogo porque o Ceará teve sete contra-ataques fáceis e desperdiçou quase todos.

Outra coisa que me chamou a atenção: quanta gente cansada num time parado há um mês, hein?

Agenor falhou no gol? Ok, pulou atrasado, mas a finalização de bicicleta é a mais difícil para a defesa de qualquer goleiro. Pior foi a defesa toda no melhor estilo Boneco de Olinda, todo mundo olhando parado e dando pulinho. Deu no que deu.

Quem são os jogadores dos quais podemos esperar regularidade e consistência? Digão, Caio Henrique, Allan, João Pedro, Pedro e, entrando, Marcos Paulo. Os demais alternam boas jogadas com exibições horríveis.

Ganso deveria ser o líder, o 10, o articulador de todas as jogadas. Isso não tem acontecido. Burocrático, distante do gol, não chuta, pouco se apresenta e não tem feito a diferença. Ele precisa crescer de produção. Vamos ver se melhora. É necessário.

Nenê, a nova contratação, é uma incógnita. Excelente jogador, utilíssimo na armação de jogadas, vem mal há três temporadas. Tomara que a camisa tricolor lhe signifique desafio, o canto do cisne.

Treinador: tem que mudar? Não creio, mas é importante ter em mente que a) vai ter cobrança por resultados; b) o último troca-troca regular de treinadores que beneficiou o Fluminense já tem mais de 35 anos; c) se fosse trocar hoje, seria por quem, e quem estaria disponível para melhorar tudo?

A se julgar as afirmações de que o Fluminense precisa pensar grande, os dirigentes também precisam ter bastante prudência. Mas o futebol não espera: sábado tem clássico e dos duros.

Não falei do Muriel. Deixa ele estrear e manter uma sequência.

Informação relevante: o Flu não tem um tostão.

Panorama Tricolor

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