Eu acredito no Fluminense (por Paulo Rocha)

O 1 a 0 sobre a LDU foi um placar magro, concordo. O Fluminense, contudo, não tem que lamentar chances desperdiçadas; afinal, elas pouco foram criadas. A postura do time, essa sim me agradou. Não fomos ameaçados em momento algum. Isso me dá a esperança de que podemos voltar de Quito classificados para as quartas-de-final da Copa Sul-Americana. Seria a maneira perfeita de retribuir à torcida o carinho maciço ofertado no Maracanã.

Está certo que o adversário adotou uma postura claramente defensiva. Poderiam ter saído de campo amargando um resultado muito pior. Mas isso não quer dizer que a reversão da vantagem tricolor será favas contadas. Lembrando que, não só o empate, mas derrota por um gol de diferença que não seja pelo placar de 1 a 0 também nos dá a classificação.

Ah, mas e a altitude? Sim, ela existe e será uma arma a mais da LDU. Mas já a superamos recentemente quando, na fase anterior da Sul-Americana, batemos a Universidad Catolica de Quito, de virada, por 2 a 1. Lembrando que não estamos discutindo o peso do adversário, mas os efeitos que a altitude pode provocar.

Abel disse que os jogadores poucos sentiram esses efeitos, fadiga ou coisa do tipo. A única diferença, segundo os tricolores, foi em relação à velocidade da bola, que chega muito mais rápida. Ou seja: na minha concepção, é primordial não deixar os caras chutarem de longe.
Aliás, quando se fala nos duelos entre Fluminense e LDU em Quito, só são lembradas as vitórias de 4 a 2 e 5 a 1 dos caras. Pois na primeira vez que os enfrentamos lá, na fase de grupos da Taça Libertadores de 2008, empatamos em 0 a 0.

Mesmo lamentando a ausência de Henrique Dourado, suspenso, mantenho a esperança. O time dos caras, senão escondeu muito, mas muito mesmo o jogo, é fraquíssimo. Temos condições de impor nossa camisa, mesmo sabendo que a LDU virá voando para cima de nós. Pois que voemos para cima deles também e os ensinemos que não estão diante de uma equipe qualquer, mas de um gigante do futebol, de um centenário campeão.

Vou terminar fazendo um elogio em especial. Tudo bem que Gustavo Scarpa reeditou uma atuação a qual não víamos há algum tempo, mas o garoto Frazan me encantou demais na zaga. Tranquilo e raçudo, me fez lembrar Tadeu, camisa 3 do time campeão carioca de 1980. Não é a primeira vez que ele me chama a atenção, e os leitores da coluna sabem disso. Deveria ser titular absoluto. Espero que Abel não demore a chegar a essa conclusão.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: paro

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