Ao ataque, Abel: hora de decisões! (por Crys Bruno)

INFORMÁTICA PARA PEQUENOS E MÉDIOS AMBIENTES

Oi, pessoal.

“Um time com alma”, o mantra que o técnico tricolor ecoou pela nonagésima vez seguida. Abelão tem cumprido sua promessa ao retornar final do ano passado e vemos o time do Fluminense de 2017 o oposto ao da temporada anterior.

Entendo a repetição já que Abel virou o garoto-propaganda, pela sua identificação e moral no clube. No entanto, confesso que se pudesse, o sugeriria a diminuir um pouco “o mantra” antes que enjoe…

Quem acompanha futebol sabe que o segredo do sucesso do Flu 2017 passa, sim, pela lábia e sabedoria na gestão de grupo, o jeito boleiro e o suporte que nosso técnico tem da nossa torcida, mas que, sem jogador bom, com talento, o time não estaria nesse patamar, já tendo dado liga mesmo em início de temporada.

Um ponto fundamental que deveria ser repetido – e exaltado ao lado da “alma” – é que sem os passes verticais e visão de jogo dos equatorianos, Orejuela e Sornoza, ainda estaríamos cambaleando, ainda mais sem Scarpa.

Com os meus príncipes equatorianos o Fluminense ganhou dinamismo, melhorando até o futebol de seus colegas como Douglas, Wellington Silva e Richarlison neste ano.

Venho elogiando a parte de mérito do técnico tricolor, mas chegamos aos jogos decisivos e serão neles que quero ver o Abel com a mesma proposta de jogo, com marcação alta e posse de bola (possíveis só se o time tiver jogadores com características de passes verticais, visão de jogo e não meros condutores de bola), mantendo Orejuela e Sornoza insubstituíveis, com o status de serem nossos melhores e mais importantes jogadores ao lado do Gustavo Scarpa e Wellington Silva. “O quarteto mágico”.

Estou preocupada porque, quando estivemos em jogos decisivos contra o Flamengo, na final da TG e semana passada em Goiânia, Abel “abelou” ao substituir Sornoza: “Tirei ele porque tinha errado dois passes”, disparou o técnico após o jogo. Isto me deixou de cabelo em pé, quase em pânico.

Primeiro porque Sornoza erra passes frontais, do armador, da bola que fura as linhas adversárias; segundo porque Marquinho, por exemplo, erra nove em cada 10 passes, até de um, dois com o lateral, mas Abel o protege e põe para jogar direto.

Na final contra o Flamengo, em que dominamos o “melhor time do Brasil” o tempo inteiro, com Pierre protegendo a zaga e Orejuela e Sornoza de meias, nos minutos finais lá foi Abel “abelar”, tirando o nosso maestro camisa 20 para pôr o camisa 7… Por coincidência (?) o adversário conseguiu fazer uma pressão e empatar.

Na quarta, em nossa derrota para o Goiás, em vez de tirar o centroavante (coisa de manual básico de futebol), após expulsão em lance estúpido do Cavalieri, escolheu tirar Sornoza, o armador que cadencia, que tem o passe diferenciado, que acharia os pontas, marcadores dos laterais adversários, em facão, Wellington e Marcos JR, no contra-ataque, porque seguraria a bola dando tempo dos “atacantes-laterais” chegarem ao ataque.

Vamos, Abel, não retroceda! Não refugue! Mantenha os equatorianos com Wendel, não somente nesta noite em que entraremos no Maraca perdendo por 2 a 1, mas também contra o Vasco, no sábado e, sobretudo, em todos os jogos decisivos e cascudos dentro ou fora de casa.

Chegou o momento de saber se Abel renovou sua filosofia de jogo mesmo. E como quero que sim, por toda minha paixão, meu encantamento por essa molecada, minha simpatia pelo nosso treinador e a certeza que só jogando como time grande, o Fluminense honrará sua enormidade, é o que mais desejo e “obrigará” a mídia a propagá-lo porque seu bom futebol será atrativo, dando audiência.

Meu Retumbante de Glórias! Meu Fluzão! Hoje você tem um time digno da sua força e tradição. Vamos! Com a firmeza e maestria do meio-campo, os dribles frontais do Welington e o indomável leão, Richarlison, ao ataque, para cima deles todos!

Toques Rápidos:

– Sim, como cantou Gonzaguinha, “eu acredito na rapaziada” titular do Fluminense. Para o Brasileiro e fases de mata-mata da Sul-Americana, que contarão com times mais tradicionais vindos da Libertadores ou mesmo da Copa do Brasil, se chegarmos lá, precisaremos ajeitar no mínimo o gol, um zagueiro e um lateral esquerdo para brigarem com Chaves e Léo .

– Falando em zagueiro, o titular Chaves está suspenso para o jogo eliminatório desta noite. Pelas últimas atuações, escolheria o Reginaldo que, embora lento, pela altura, parece mais sóbrio e calmo que Nogueira, que tem potencial mas o vejo ainda verde.

– Preocupante Cavalieri não ser barrado porque, no tempo das cruzadas, foi campeão brasileiro pelo Flu e é um ídolo. No gol, perdeu o reflexo e a agilidade, não dá para jogar com o nome e história, mesmo que bonita como foi do Cava no Flu. Falhar ali é fatal. E ele está falhando acima do aceitável há umas duas temporadas já…

– Richarlison de centroavante. Lucas Fernandes no lado do campo porque é driblador – Marcos Jr é para correr, para contra-ataque e não furar a retranca que virá o Goiás.

– O ataque que for, ao Maraca! “Vamos pra cima, Fluzão. Quero, gritar campeão! Vamos lutar por mais essa taça. Vamos, Fluminense, com garra e com raça.”

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Panorama Tricolor

@PanoramaTri @CrysBrunoFlu

Imagem: bic

2 Comments

  1. Realmente foi preocupante a substituição do Sornoza. Já havia comentado com amigos sobre o Abel não gostar de estrangeiros. Também espero que tenha sido um erro ocasional. ST

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