A nova intensidade tricolor (por Heitor Teixeira)

As últimas partidas do Fluminense têm sido bastante animadoras. Isso se deve não só aos resultados favoráveis, três vitórias nos últimos quatro jogos, mas também a sinais de melhoras no desempenho técnico e tático dos jogadores, mesmo com a equipe tendo desfalques importantes.

Uma coisa que mudou muito nas últimas partidas foi a maior intensidade da equipe dentro de campo. Principalmente nos jogos contra Ceará e Cerro Porteño, Roger Machado levou a campo jogadores mais leves no setor ofensivo. Isso ajudou na manutenção de um controle maior do jogo, já que o time tinha mais atletas com fôlego para marcar de forma mais agressiva.

Outro ponto que mostrou evoluções foi o de um maior rendimento individual de algumas peças. André mostrou como sempre foi o melhor reserva para a posição de Martinelli, mostrando tranquilidade acima da média em sua estreia na Libertadores no Paraguai. Luiz Henrique vem crescendo de produção novamente e Nenê teve talvez seu melhor jogo, onde expôs como seu futebol pode funcionar se utilizado com inteligência.

Por outro lado, vários problemas ainda existem. No jogo contra o Ceará, Roger Machado, apesar de ter acertado na escalação inicial, desmontou o time com suas mudanças no segundo tempo. A insistência no uso de muitos jogadores sem intensidade juntos, como foi também contra o Sport, traz preocupações pois contra times de alto rendimento pode custar pontos preciosos ou até classificações.

Roger parece estar abrindo sua cabeça em alguns pontos importantes, mas ainda há um longo caminho a percorrer. Poupar Nenê na maioria dos jogos vai ser essencial para aproveitarmos o melhor de seu futebol, além de abrir portas para partidas com times mais leves. Que essa evolução continue e que os ainda presentes erros diminuam, para que, com a equipe completa, o Fluminense possa brigar por títulos.