A coletiva do presidente? Estamos fritos! (por Marcelo Diniz Gomes)

Após a entrevista coletiva do atual presidente do Fluminense nesta sexta-feira, chegamos a uma conclusão definitiva: estamos fritos!

Sabe aquela história do Mário? Aí você me pergunta: que Mário?

Pois é…

O Mário a quem nos referimos está fazendo com a torcida do Fluminense o mesmo que o da piada faz.

Claro que não só por “méritos” dele. As administrações passadas também participaram desse cenário tenebroso atual.

Na coletiva de hoje, mais uma vez ele começou minimizando uma derrota de 5 a 0 para o time razoável do Corinthians, olhando para 2019 e expondo números frios, querendo passar mais uma vez um recibo de idiota ao legítimo torcedor.

O discurso é sempre igual, a impressão que sempre passa é que levar de 5 a 0 faz parte e que não foi nada de mais.

O torcedor não aguenta essa postura. Não podemos aceitar que uma goleada humilhante por 5 a 0 seja encarada dessa forma blasé, sem cobranças efetivas e atitudes firmes em relação aos jogadores e à comissão técnica.

Depois dessa primeira aberração, acabou discorrendo sobre a situação estapafúrdia do garoto Marcos Paulo, jogando sempre para cima do atleta e de seu staff o problema, alegando que a gestão passada não acertou um contrato com o jogador. A velha terceirização de culpas.

Ora meus amigos, quando entrou para sentar na cadeira de presidente, ele já sabia dessa situação e inclusive com um gerente de futebol, Paulo Angioni, que participou da gestão passada. Ou seja, nunca acontece um erro por parte dele: sempre há um terceiro culpado pelos absurdos cometidos por essas gestões pífias.

Sobre planejamento para a próxima temporada, estava alegre e pimpão falando que o planejamento é super bem feito e que está tudo sob controle.

Em sua visão, o planejamento é colocar o time Sub-23 para jogar o Estadual. Isso mostra o quanto o planejamento de 2020 não contava com uma classificação para a Taça Libertadores da América.

Depois corrigiu, dizendo que pode adequar os dez dias de férias que os jogadores terão direito, caso nos classifiquemos. Ou seja, uma verdadeira bagunça.

Mais uma vez se mostrou agressivo quando foi feito uma pergunta simples sobre planejamento, onde a pergunta se ateve a contratações de jogadores veteranos, já que a gestão anterior contratava mais jovens.

Segundo o atual presidente, na concepção dele isso não corresponde com a realidade e retruca de pronto: “E o Caio Paulista e Felippe Cardoso?”

A irritabilidade se deve muito ao que interessa justificar esse Sub-23, para que o Fluminense seja ainda mais um belo parque de diversões de empresários e oportunistas.

Sr. Mário, só pra lembrar: Hudson, Egídio, Fred e Danilo são jovens? Ainda por cima o veteraníssimo Nenê teve logo seu contrato renovado!

Sabemos que hoje essa gestão só é agradável com quem é agradável a ela. Ou melhor, quem a bajule.

Os que têm ideias diferentes e enxergam as coisas ou as criticam são perseguidos e tratados de uma maneira agressiva, dentro e fora do clube.

Por outro lado, tivemos uma constatação de clientelismo hoje mesmo para essa própria coletiva, onde uma página que cobre o clube anunciou a coletiva bem antes do site oficial do Fluminense. O descaramento já não tem limites.

Continuou com a mesma ladainha, dizendo: “Certos setores dentro do clube fazem política de baixo clero e, se houver a classificação para a Libertadores, a “culpa” não é dele mas sim da comissão e dos jogadores.

Sabemos que não é bem assim.

Podem me cobrar aqui se o Fluminense conseguir a classificação. Na primeira coletiva, ele vai fazer um auto-enaltecimento e atacar os seus “inimigos políticos”, tal qual na vida política brasileira.

Resumindo tudo dessa coletiva, que mais parece uma peça promocional, chegamos a uma conclusão final que, para essa gestão está tudo certo. O Fluminense, hoje como um clube pequeno levar de 5 a 0 é ruim mas nem tanto, já que a campanha é boa. Isso dito sem a menor parcimônia, sem qualquer óleo de peroba e vergonha nenhuma na cara.

O que esse Mário diz, e a maneira que ele se comporta na entrevista, é como se o Fluminense nesses oito anos tivesse vencido Libertadores, Copa do Brasil, Sul-americana e o escambau.

Desculpe o meu francês fluente.

A retórica é sempre a mesma, o pensamento medíocre é o mesmo e nada irá mudar com esse pensamento.

O Fluminense precisa de uma revolução.

O Fluminense não pode ser só isso…

O Fluminense é maior que isso…

O Fluminense é melhor que isso…