Ainda falta muito para o Fluminense 2023

Semanas atrás, escrevi aqui sobre o erro no planejamento das férias prolongadas, que causaram a queda no preparo físico do elenco e trazendo o baixo desempenho da equipe, com um empate e duas derrotas. Mas esse fato sozinho não seria capaz de levar a performance do time a nível tão baixo. Junte-se a isso a entrada no time de novas contratações recentes, que estavam também com nível físico precário enão são o que se pode dizer o suprassumo do desempenho, cada um em sua posição, afinal.

Com exceção apenas do zagueiro que veio do Juventude, todos estavam fora do time de origem, alguns até como terceira opção nos times enviados a campo nos jogos de suas equipes. Nenhum é um craque indiscutível hoje, e não há argumentação que possa derrubar essa afirmação, pois é a realidade. É claro que poderão ser utilizados em nosso elenco de jogadores medianos, alguns em fim de carreira, como é da predileção de quem dirige o futebol do Fluminense.

Olhando com olhos de quem quer ver, o que ajuda a perceber o que ocorre, em mais um ano estamos deixando de oportunizar a base que serve para os times europeus, mas não serve para o Fluminense. Luan Brito já foi de graça para o Porto, e com uma arapuca armada, pois se for bem, o time português tem o passe do atleta fixado por uma bala Juquinha e uma paçoca babada. Se não servir, eles devolvem e não pagam nada pela utilização do jogador, mais um dos grandes negócios feitos por nossos dirigentes.

Falando em jovens da base, será que não temos algum moleque melhor que Marrony ou Alan? Lima é tão fora de série que nenhum moleque de Xerém nem se aproxima da performance do mesmo? O mesmo para o jovem Giovanni. Outra posição que, até então, não conseguimos ninguém que tenha uma performance de nível pelo menos razoável, mas estamos insistindo com as mesmas peças, e não testamos nenhum é a lateral esquerda. Nem a base tem pelo menos uma chance com os titulares e nem com os reservas, o que é bem diferente, pois desempenhar com jogadores melhores é mais fácil do que naquele amontoado, que foi colocado em campo e denominado time reserva.

Vimos que o time do Fluminense está começando a melhorar, pois o nível de preparação física está melhorando e, com isso, talvez desapareça o principal motivo dos espetáculos deprimentes exibidos pela equipe neste campeonato carioca. Ainda falta muito, pois o esquema do Diniz exige um time com os atletas ma “ponta dos cascos”, com desempenho físico perto de cem por cento, muita agilidade, rapidez, concentração, pernas “leves” e concentração total na movimentação e seus deslocamentos rápidos, com passes assertivos que compõem o esquema de jogo do treinador.

É pena que ainda não será esse ano que a base terá sua entrada real no elenco, pois nem entre os relacionados estes têm figurado, mesmo que não entrassem em campo. Ao que parece, a vestiáriocracia, a antiguidade, a carreira do atleta, o quanto “ele tem de bom filho, bom pai, bom marido” e “ser um cara legal” definem quem vai pro jogo em detrimento do “bom de bola”. Será que isso faz mesmo sentido? Aqui, no alto do meu despreparo de quem nunca deu dois treinos, fico vendo coisas que para mim são absurdas, mas como os que “sabem” dizem estar eu errado, fico quieto e apenas me manifesto onde consigo espaço.

Com o andar das competições, vamos ver o que vai acontecer. De qualquer modo, concordando ou não, estarei torcendo sempre pelo Tricolor. Só não deixo a tradicional saudação, pois me lembra algo que acho que não seja benéfico ao Fluminense, bem como outros veículos que estão prestando desserviço ao clube.

Vence o Fluminense!