2015: confiança, força e fé (por Marcus Vinicius Caldeira)

O Fluminense é um gigante.

Tentaram acabar com o clube na década de 90. Não conseguiram. Não se acaba com a gênese do futebol no Rio de Janeiro assim tão facilmente.  Não se acaba com um gigante assim.

A Unimed veio e nos ajudou no começo. Nos devolveu o nosso prestígio. Depois ganhou muito dinheiro. Torrou todo o dinheiro e saiu.

E de novo bradam o fim do Fluminense. Mas sempre há algo de bom nos acontecimentos. A liberdade de tocar o departamento de futebol voltou. Liberdade essa que não tínhamos desde 2004.

Teremos momentos ruins. Teremos momentos de glória. Mas de novo seremos Fluminense Football Club gerindo o seu futebol, esporte fim do clube. As cifras milionárias por ora não existirão mais. Por ora não teremos mais Decos, Novos Freds e Concas. Quem sabe? Mas teremos chance de não termos mais Pedrinhos, Ramons, Edmundos, Rogers e tantos outros que só sugaram.

Pensem: não teremos Renato Gaúcho (ídolo em campo) como treinador. Nem Luxemburgo. Ninguém torrando o saco para tirar o Abel, para vender tal, para não escalar a base. O futebol é nosso de novo.

Cavalieri é nosso e de mais minguém. Todo time começa por um bom goleiro.

Certamente voltaremos à era dos timinhos. Mas dos timinhos campeões. O campeão mundial com Telê em campo era timinho em 1952. Mas comia a bola. O time da década de 80 era tratado como zebra no início. Levou três cariocas em sequencia, dois contra o melhor Flamengo de todos os tempos e um brasileiro contra o Vasco.

E o time de 95? Azarão total. Desbancou o favorito milionário no ano do seu centenário.

Não há o que temer se tivermos inteligência na condução do futebol e se essa torcida abraçar o time. Quando isso acontece pode ser timinho ou timaço que o Flu é candidato a título.

Por que não ficarmos otimistas? Uma nova era se inicia. O ambiente estava pesado. Unimed sem dinheiro. E Unimed sem dinheiro e nada é mesma coisa.

Como não ficar otimista se ano que vem termina em 5: lembram de 1975, 1985, 1995, 2005? Fomos campeões em todos estes anos.

Temos uma molecada boa querendo vencer na vida e trouxemos 7 jogadores mapeados e com uma gana incrível. Se os que estão aí da falecida Unimed não saírem, teremos um time melhor que o do ano passado.

Não precisamos do derrotismo alvinegro e nem da arrogância rubro-negra. Isso não nos cabe. O que nos cabe,  a fé e a confiança serena tricolor.

Irei a todos os jogos possíveis e imagináveis. Seja em Bangu, Volta Redonda ou no Maracanã. Quem sabe alguns pelo Brasil afora?

Agora é a hora do torcedor. Acabou a moleza de deixar para que os jogadores façam. Teremos que ir juntos. Na arquibancada.

Na minha vida sempre nos momentos de crise abriram-se as oportunidades.

Curtam o reveillon, estourem champaghe, brindem com a familia, beijem o seu amor e abracem o seu filho no dia 31. Celebrem a vida que é preciosa demais.

E a partir do dia 2 (mais precisamente dia 7 com a reapresentação do time) começa nossa demonstração de amor, união e fé no Tricolor das Laranjeiras.

Feliz 2015 a todos os tricolores.

Não será para os fracos.Isso aqui é Fluminense, porra!

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @mvinicaldeira

Imagem: jb