Cuidados tricolores depois das 12 vitórias (por Roberto Rutigliano)

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São 12 vitórias seguidas, algo realmente inédito para a maioria dos clubes do mundo inteiro.

No futebol local, é preciso olhar com certo cuidado porque os clubes pequenos estão em frangalhos. O Volta Redonda, por exemplo, tinha, anos atrás, um time super competitivo e hoje leva goleada de todo o mundo – acabou rebaixado. Dos grandes, o Vasco e o Botafogo estão em crise e o Flamengo está mal na fita.

A nível internacional, o Millonarios da Colômbia não tem muita coisa e, na quarta, o time paraguaio do Olimpia mostrou uma fragilidade impressionante na sua defesa.

De todas as formas, 12 vitórias é uma sequência que traz otimismo e deixa o clima leve. Esse clima leve e a amizade do elenco são os maiores trunfos do Abelão.

Estratégia.

1) A formação com três zagueiros e com dois cabeças de área deixa o time partido. O ataque fica distante, o time fica esticado em campo, não fica compacto.

Isso obriga a passes longos e complica a vida de Nino, David Braz e Felipe Melo. Eles não têm essa manha e os lançamentos quase sempre são imperfeitos.

Se o time estivesse mais junto, talvez a troca de passes poderia funcionar melhor.

2) Yago não é e não pode ser o nosso camisa 10. Ele é um jogador esforçado e corre pra caramba marcando todo o mundo no meio, mas não pode ter a função de um Conca ou de um armador. Quando Arias ou mesmo Ganso recebem a bola no meio, as jogadas fluem de forma natural.

3) Diante do Olimpia a defesa do Fluminense não ganhou uma bola aérea. De 50 bolas, todas foram dos caras, inclusive os rebotes. O time não coloca um cara para pegar a segunda bola.

4) Bigode não dá. Ele seria um “falso centro-avante”? Por que o Nathan não entra nunca no time?

5) A imprensa esportiva está elogiando o time B do Fluminense, cuja formação tem como diferença basicamente o meio campo. Mudam os laterais, sai Felipe Melo, sai Fábio, mas o principal é que entrem vários jogadores com vocação ofensiva no meio campo.

6) Cano é um baita de um centroavante. Ele é o cara que tem esse ofício, não faz gol bonito, mas tem um tempo da bola que impressiona.

7) Vamos, Fluzão, por uma vitória no fim de semana e outra na quarta. Resumindo o que pode melhorar: compactar o time, tem que treinar bola aérea, o Arias tem que ser titular no lugar de Yago ou Bigode e o Nathan tem que ter espaço e sequência no time.